O Bankly, braço dedicado ao processamento de transações de criptomoedas da Méliuz, registrou uma queda de quase R$ 3 bilhões no volume transacionado no terceiro trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano, informou reportagem do Painel S/A da Folha de São Paulo publicada na quinta-feira, 10.

Segundo o balanço dos resultados do terceiro trimestre divulgados pela Méliuz, o Volume Total de Pagamento do Bankly caiu de R$ 8,3 bilhões no primeiro trimestre, para R$ 5,4 bilhões entre julho e setembro – uma queda de 35% em seis meses.

Fontes internas ouvidas pela reportagem disseram que a queda fez com que a Méliuz esteja avaliando a separação do Bankly do grupo, pois os resultados financeiros deste último têm impacto direto sobre o balanço geral da empresa. 

A Méliuz é uma empresa pública, com ações negociadas na B3, especializada em cashback. Há pouco mais de um ano, a Méliuz adquiriu o Bankly (Acesso Bank à época) por R$ 324 milhões para expandir seus negócios ao mercado de criptomoedas.

Especializada em soluções de pagamento, o Bankly prestava serviços para o Banco Capitual, que até junho deste ano intermediava saques e depósitos processados pela exchange global de criptomoedas Binance e seus clientes no Brasil. O declínio verificado no volume de transações teve início após o rompimento do contrato entre a Binance e o Capitual.

Apesar da queda substantiva do volume de negociação, a Méliuz, através de sua assessoria de imprensa, informou que o Bankly registrou um crescimento de 68% do seu resultado líquido e de 18% de suas receitas líquidas do segundo para o terceiro trimestre de 2022.

"Comparados os nove primeiros meses de 2021 com os nove primeiros meses de 2022, a receita líquida do Bankly cresceu 58%", acrescentou o comunicado.

Em novembro, a Méliuz anunciou que passaria a oferecer cashback em Bitcoin (BTC), permitindo que ao solicitar os resgates, os usuários do sistema possam escolher se preferem receber o valor em reais ou em criptoativos.

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