Considerado um dos homens mais ricos do Brasil por um levantamento da Forbes, que estimou um patrimônio de R$ 4 bilhões, fora dividendos diários de aproximadamente R$ 1 milhão provenientes de empresas em que ele é acionário, o megainvestidor da bolsa Luiz Barsi, 84, justifica em números a comparação que também o faz ser chamado de “Warren Buffett brasileiro”, em alusão ao magnata estadunidense, outro peso-pesado do mundo dos investimentos.
Em entrevista à agência AFP, veiculada no final da última semana pelo jornal Folha de São Paulo, Barsi voltou a apresentar outra similaridade com Buffett: a aversão a investimentos em criptomoedas. Segundo ele, Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e companhia não passam de “fantasia.” Por outro lado, Barsi afirmou que é contra o projeto de governo que prevê a taxação de aplicações em offshores, que também prevê a cobrança de 15% sobre criptomoedas em exchanges estrangeiras.
Por outro lado, as criptomoedas não foram as únicas reprovadas no crivo do bilionário, cuja trajetória remonta a dificuldade encontrada pelo filho único de um casal de descendentes europeus que perdeu o pai quando tinha apensas um ano de idade e viveu até os 20 anos em um cortiço no bairro do Brás, em São Paulo (SP). Caminho que passou pelos sapatos que ele engraxou e as balas vendidas no cinema, antes de se formar em direito, economia e contabilidade.
Barsi acrescentou que também descarta opções em renda fixa ao argumentar que o retorno é baixo e disparou dizendo que “a bolsa está lotada de especuladores” e pouquíssimos investidores, local que, segundo ele, virou um “cassino de valores” pela busca de ações com valorização de curto prazo.
Dono de uma plataforma educacional cofundada ao lado da filha Louise, Barsi revelou que a receita está na formação de uma carteira diversificada de ações de empresas, compradas a preço baixo e de setores “perenes”, como os papéis de bancos e empresas de energia e celulose.
Ao lembrar de sua ascensão durante as oscilações da economia a partir da década de 1970, o magnata disse que o sucesso dele foi nunca acreditar no governo e sim no mercado.” O que está por trás da recusa de cargos políticos, embora ele tenha frisado que “gosta da grana.”
Sem mencionar as criptomoedas, Barsi criticou o projeto de lei para taxar fundos dos mais ricos e investimentos em offshore, que inclui cobrança de imposto de 15% sobre criptoativos alocados no exterior, proposta apresentada pelo governo do presidente Lula, classificado como “imperador” pelo bilionário, que acrescentou que o país já tem imposto demais.
Enquanto Barsi critica, o projeto caminha a passos largos no Senado, onde pode ser votado em caráter de urgência, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.