A Justiça brasileira está em busca de "Danilo Multinível", influencer digital acusado de aplicar golpes com Bitcoin no Brasil.

Danilo Jose dos Santos, conhecido como "Danilo Multinível" também seria um dos responsável pela Paymony.

A empresa é acusada de ser uma pirâmide financeira com criptomoedas que teria lesado milhares de clientes no Brasil.

Ainda segundo a Justiça, Danilo está em lugar desconhecido e, desta forma, acaba prejudicando os trabalhos da justiça.

Paymony

A Paymony, supostamente fundada por Danilo, foi uma empresa que atuava no Brasil prometendo rentabilidade garantida com supostas operações com criptomoedas.

Assim, para entrar na Paymony os interessados deveriam comprar um dos pacotes de investimento em mineração de Bitcoin vendidos pela empresa.

Prometendo uma alta rentabilidade, a empresa declarava na época que quem investisse U$ 1,5 mil conseguiria tirar US$ 1.250 mil por mês – fora os bônus diários.

No caso dos bônus diário, a empresa chegava a prometer bonificações de até US$ 25 mil por dia.

Contudo, em determinado momento as promessas irreais deram lugar a um site fora do ar e depois desculpas para atraso nos pagamentos,.

Até que os operadores da empresa não foram mais encontrados e os clientes, ao invés do lucro, amargaram o dinheiro investido que foi perdido.

Marketing Multinível no Congresso Nacional

Embora a Justiça não consiga localizar Danilo, quando comanda a Paymony, o influencer chegou a fazer lobby no Congresso Nacional para aprovação de regras para o Marketing Multinível no Brasil.

Muito vinculado com golpes de todos os tipos, o Marketing Multinível não possui regras no país e não é bem visto pelos reguladores.

Contudo, em 2014 antes de aplicar o suposto golpe, a Paymony chegou a contratar o deputado federal Acelino Freitas, conhecido boxeador Popó.

Popó além de atuar como garoto propaganda do suposto golpe ainda chegou a defender a empresa e o modelo de MNN no Congresso.

Porém já na época encontrou forte resistência ao tema após diversas empresas que afirmam aderir ao modelo terem sido acusadas por promotores de Justiça e procuradores da República de serem pirâmides financeiras disfarçadas.

Em um dos casos mais conhecidos já em 2014 estava a Telexfree, um dos grandes golpes de pirâmide financeira no Brasil que tinha como um dos principais divulgadores, José Marcus França Bonfim, 'sócio' de Danilo na Paymony.

Isso contudo não impediu Popó de apresentar um projeto de lei na Câmara dos Deputados sobre o MMN com o argumento de proteger quem investe dinheiro no negócio.

Justiça

Porém, embora defendida por Popó a Paymony se revelou um suposto golpe e até hoje movimenta ações judiciais contra a empresa e seus operadores.

Em um caso recente um cliente da empresa procurou a justiça em busca de reaver pouco mais de R$ 40 mil investidos na empresa.

Assim o cliente teria aplicado o valor na compra do planos: Plano Mining: investimento de US$ 350 - R$ 840,00; Plano Virtual Form: investimento de US$ 1.550 - R$ 3.673,50; Plano Paycoin: investimento de US$ 15.050 - R$ 35.668,50.

No total foi investido R$ 40.182,00.

Portanto, ao analisar o caso a justiça declarou que a Paymony se tratava de um golpe.

"Assim, ficou evidenciado que a empresa ludibriava as pessoas e os sócios (requeridos) sumiram levando todo o dinheiro depositado pelos que aderiram ao suposto programa de moedas."

Segundo a Justiça ficou claro que a empresa se tratava de uma pirâmide financeira.

"Ainda, perceber-se claramente que o serviço desenvolvido era o conhecido "sistema de pirâmide financeira", sendo certo que todos os pagamentos aos colaboradores foram devidamente cancelados, ou seja, o autor foi enganado pois pensou que tratava de um investimento", disse a justiça.

Contudo, embora reconheça o suposto golpe aplicado pela empresa a Justiça não determinou bloqueio de bens da Paymony ou de seus operadores.

No caso em questão determinou 15 dias de prazo para contestações das afirmações.

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