A JPB Liberty, uma firma australiana de financiamento de bens litigiosos, lançou uma ação coletiva global de US$ 500 bilhões contra o Facebook, o Google e o Twitter por causa de suas proibições de publicidade com criptomoeda

O Facebook anunciou que proibiria todos os anúncios de criptomoeda sob sua política de Serviços Financeiros Proibidos em 30 de janeiro do ano passado. O mercado de criptomoedas caiu quase 53% depois do anuncio da gigante das redes sociais.

O Google foi o próximo e adotou o banimento em 14 de março. Desta vez, os preços de mercado caíram novamente em 30%. 

Por último, em 27 de março, o Twitter se juntou ao movimento de banir anúncios de criptomoedas, levando a outro corte de 23% no mercado de criptomoedas.

Por se tratar de um mercado emergente e fundamentado por novidades tecnológicas, o mercado das criptomoedas tem uma forte influência de notícias das mídias sociais.

A JPB Liberty acredita que o Facebook baniu os anúncios de criptomoedas para acabar com a concorrência de sua nova criptomoeda, o Libra. A empresa voltou a permitir anúncios de criptomoedas em junho de 2018, período em que começou a desenvolver sua própria moeda.

O CEO da JPB Liberty, Andrew Hamilton, veterano advogado e litigante australiano, acredita que as gigantes da internet devem ser responsabilizadas por perdas que chegam a centenas de bilhões de dólares. Segundo ele, estas perdas surgiram como conseqüência direta das proibições de publicidade.

Atuando como autor representante na ação judicial, a JPB já enviou cartas legais para o Facebook, Google e Twitter, notificando-as sobre essa reivindicação de danos. A JPB está reivindicando mais de US$ 350 bilhões em perdas de investidores e mais de US$ 150 bilhões em perdas de receita de exchanges.

Os autores podem reivindicar anonimamente e não têm obrigação de ter seus dados mencionados nos documentos legais. Para ver a compensação pelas perdas especificadas, os solicitantes são obrigados a apresentar uma prova das posses de criptomoedas que estão reivindicando.

Embora a ação coletiva seja local para o sistema judicial australiano, a empresa está processando mais que as subsidiárias regionais das gigantes de tecnologia. As empresas sedes do Facebook, Google e afiliadas australianas do Twitter também estão no processo judicial.

A busca por ações judiciais contra bloqueios de bancos em contas de empresas e indivíduos que negociam criptomoedas não é de hoje. Como reportado pelo Cointelegraph, no mês passado o banco Santander recebeu uma multa por bloquear a conta da exchange brasileira Mercado Bitcoin.