O Itaú será o primeiro banco do Brasil a negociar debêntures tokenizadas em blockchain, graças a uma parceria com a Vórtx QR Tokenizadora, que foi uma das empresas selecionadas para emissão de valores mobiliários tokenizados dentro do Sandbox regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O anuncio foi feito nesta quarta, 01, em um evento promovido pela Vórtx QR Tokenizadora inaugurando as operações da empresa que passou a ser a primeira tokenizadora regulada pela CVM. O lançamento ocorreu em evento realizado pela manhã no Teatro B32, em São Paulo.
Participaram da coletiva de imprensa Juliano Cornacchia, CEO da Vórtx, Fernando Carvalho, CEO da QR Capital, Caio Viggiano, Managing Director de Renda Fixa do Itaú BBA, e Yan Martins, da Hathor, blockchain que suporta as operações na plataforma.
“Essa operação, além de inovadora, é um marco para o mercado de capitais, uma vez que materializa todo o processo de transformação digital pelo qual o mundo financeiro passa. A tokenização traz inúmeras oportunidades de diversificação e de oferta de produtos, ao mesmo tempo em que permite o acesso mais amplo de investidores a ativos financeiros, movimento que valorizamos por aqui”, afirma Caio Viggiano, Managing Director de Renda Fixa do Itaú BBA.
Segundo o anuncio realizado no evento, 12 emissores de ativos serão selecionados para participar do projeto, sendo o Itaú BBA e o fundo de crédito da QR Asset, o QR RISPAR CRÉDITO CRIPTO, os primeiros emissores.
A primeira emissão de dêbentures tokenizadas foi coordenada pelo Itaú. Já a segunda emissão da tokenizadora foi de cotas do QR RISPAR CRÉDITO CRIPTO, fundo de direitos creditórios, lançado pela QR Asset, que investe em Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) garantidas por Bitcoin.
Tokenização aprovada pela CVM
A Rispar, primeira fintech de crédito com colateral em bitcoin, atua como correspondente bancário enquanto as Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) são originadas pelas instituições parceiras. Foram tokenizados R$ 8 milhões em contas do fundo e, com a emissão, o FIDC da QR Asset se torna o primeiro fundo regulado tokenizado da América Latina.
As cotas já estão disponíveis aos investidores na plataforma da Vórtx QR Tokenizadora.
“Estamos trabalhando neste projeto há muito tempo e é ótimo vê-lo finalmente em plena operação, ainda mais com grandes parceiros, como o Itaú BBA. Sem dúvida, trata-se de uma operação inovadora e pioneira que revolucionará o segmento”, comemora Juliano Cornacchia, CEO da Vórtx.
Durante o evento, Fernando Carvalho, CEO da QR Capital, destacou que ativos como debêntures e fundos específicos só ficavam disponíveis a certos tipos de investidores e agora, com a opção da tokenização aprovada pela CVM para ser executada pela empresa dentro do Sandbox, o varejo passa a ter acesso a este tipo de investimento.
"É um momento histórico para o mercado financeiro brasileiro, que reforça seu pioneirismo andando lado a lado com a inovação do mercado de criptoativos e blockchain”, disse.
A blockchain escolhida para suportar o projeto foi a Hathor Network, desenvolvida por engenheiros brasileiros.
Segundo a Vórtx QR Tokenizadora a rede tem como diferencial o alto poder de escalabilidade, capacidade para processar 200 transações por segundo, tendo usabilidade e descentralização como proposta desde sua criação.
Yan Martins, CEO da Hathor Labs, empresa que dá suporte ao desenvolvimento da Hathor Network, ressalta o pioneirismo da iniciativa, que eleva a Hathor Network a um seleto e pioneiro grupo.
"Esse processo começou há mais de um ano e envolveu uma criteriosa avaliação da rede pela CVM, o que demonstra o quanto a tecnologia da Hathor é capaz de suportar projetos de diferentes portes. Poucas redes no mundo são autorizadas a rodar um produto financeiro regulado como a Vórtx QR Tokenizadora e a Hathor Network se torna uma pioneira no mercado blockchain", afirma.
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