Fundado em 1945, o Itaú se tornou o mais antigo banco tradicional do Brasil a oferecer negociação de criptomoedas, serviço lançado nesta segunda-feira (4) pelo maior banco privado do país através de sua plataforma de investimentos financeiros íon, lançada em 2021.
De acordo com informações do chefe da Itaú Digital Assets, Guto Antunes, veiculadas pelo Valor, as negociações começam pelo Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) de forma gradativa aos usuários do íon.
O executivo não entrou em detalhes sobre os critérios utilizados pelo banco para a escolha dos clientes que já poderão negociar BTC e ETH no íon e acrescentou que a inclusão de outras altcoins dependerá da clareza regulatória do mercado de criptomoedas no país. O que já é objeto de uma consulta pública da autoridade regulatória, o Banco Central, que prometeu editar a normatização infralegal no primeiro semestre de 2024.
O Itaú informou ainda que fará a custódia das criptomoedas dos clientes e acrescentou que as carteiras dos clientes só poderão interagir com o íon inicialmente, portanto impossibilitadas de transferir ou receber criptomoedas de wallets externas.
Antunes observou que parte dos mais de US$ 1,5 trilhão movimentados pelo mercado de criptomoedas representam pessoas que estão fora do ecossistema bancário tradicional e que viram uma alternativa de inclusão financeira através das criptomoedas.
Ele acrescentou que o banco já abordou sobre criptomoedas com seus clientes através do íon e do Itaú Personalité e que o novo serviço estaria em consonância com a ideia do banco de avançar no mercado de criptomoedas, com segurança e associado à educação financeira dos investidores.
O executivo revelou que o Itaú estudou os dados dos clientes e sabe que eles procuram principalmente o Bitcoin e o Ether para investir. Ele ainda explicou que o banco optou por se envolver com a agenda regulatória a fim de difundir os passos normativos aos clientes em vez de fazer o caminho inverso, ou seja, lançar serviços de negociação de criptomoedas para depois buscar enquadramento legal.
No final de novembro, o Itaú e a Genial Investimentos fecharam uma parceria com a BEE4 e se tornaram corretoras externas à “B3 em blockchain”, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.