A unidade de investigações criminais da Receita Federal dos Estados Unidos (IRS) listou quatro casos relacionados a criptomoedas entre as dez "investigações mais proeminentes e de alto perfil" empreendidas em 2023.

Em uma nota divulgada em 11 de dezembro, a unidade do IRS disse que houve quatro casos significativos em 2023 envolvendo apreensão de criptomoedas, práticas fraudulentas, lavagem de dinheiro e outros esquemas. A terceira investigação de maior destaque deste ano foi a do cofundador da OneCoin, Karl Sebastian Greenwood, que foi condenado a 20 anos de prisão em setembro por sua participação em campanhas de marketing e na venda do criptoativo fraudulento.

Outros casos foram o de Ian Freeman, um residente de New Hampshire condenado a 8 anos de prisão por operar um esquema de lavagem de dinheiro usando quiosques de Bitcoin (BTC) e por sonegação de impostos de 2016 a 2019. O órgão governamental também foi responsável pela investigação do fundador do Oyster Protocol, Amir Elmaani, também conhecido como "Bruno Block", por evasão fiscal relacionada à cunhagem e à venda dos tokens Pearl.

#2023Top10
0️⃣8️⃣ Nossa equipe de Washington, D.C. e parceiros descobriram o esquema de "Bruno Block", fundador da criptomoeda "Oyster Pearl", que secretamente cunhou e vendeu tokens Pearl para benefício próprio.

— IRS Criminal Investigation (@IRS_CI)

Um dos casos criminais mais antigos e proeminentes envolvendo criptomoedas a entrar na lista do IRS foi a história de James Zhong, um indivíduo acusado de roubar Bitcoins do marketplace Silk Road em 2012. Zhong conseguiu ocultar sua participação no crime por cerca de dez anos até que as autoridades invadiram sua casa em novembro de 2021, para encontrar grande parte das criptomoedas roubadas – equivalentes a mais de US$ 3 bilhões na época – em um cofre escondido no chão e em um computador escondido em uma lata de pipoca.

Em seu relatório anual divulgado em 4 de dezembro, a unidade de investigação criminal do IRS disse que abriu mais de 2.676 casos no ano fiscal de 2023, que no total somam mais de US$ 37 bilhões relacionados a crimes fiscais e financeiros. O departamento governamental apreendeu mais de US$ 10 bilhões em criptomoedas desde 2015.

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