Anunciado inicialmente em setembro de 2019, a IOTA (MIOTA) lançou o Chronicle, uma solução para armazenar permanentemente os dados da IOTA blockchain, a Tangle. Este mês marca o lançamento “alfa” do software com recursos aprimorados.

Atualmente, o Chronicle é um software de linha de comando. As versões futuras do Chronicle incluirão um painel da Web e aplicativos visuais. O armazenamento permanente de transações é particularmente importante para transações que contêm informações.

Por exemplo, a IOTA pode ser usada para armazenar documentos de identidade descentralizados (DIDs) ou registros financeiros, que contêm mais do que saldos simples do IOTA.

Estes recursos trazem mais inovações ao projeto IOTA que vem desenvolvendo interessantes parcerias com grandes indústrias automotivas, como Volvo, BMW e Jaguar. O objetivo principal Projeto IOTA é promover a economia baseada na Internet das Coisas (Iot) e Machine-to-Machine (M2), onde as máquinas e equipamentos conectados transacionarão entre si, dados e valores por eles. É aí que entra o token IOTA, como meio de fomento para progredir a rede de dados dos dispositivos inteligentes.

IOTA como player para auditar cadeia produtiva

A IOTA já vem sendo aplicada em diversas áreas da indústria: da automativa, como sua parceria com a Audi, como já anunciamos aqui. Como em projetos ligados ao agronegócio norueguês. O Projeto IOTA também está envolvido com sistemas de cadeias produtivas, como por exemplo, da Fujitsu na Europa.
De acordo com Dr.Rolf Werner, head manager da Fujitsu na Europa Central. A cooperação da IOTA com a Fujitsu, serviu como infra-estrutura para auditoria de processos industriais da fabricante japonesa.

A cadeia de suprimentos global é composta de três componentes críticos. O primeiro é o movimento físico dos produtos. O segundo é o movimento da documentação que valida os bens físicos. O terceiro envolve o movimento do dinheiro como pagamento pelos bens e serviços em movimento pelo mundo. Para garantir a autenticidade na cadeia de fornecimento global, a parte mais importante é garantir a validade dos dados das informações / documentos que suportam as mercadorias. A IOTA se propõe a resolver e fechar essas pontas. 

Blockchain da IOTA

IOTA é um livro-registro distribuído (DLT) criado especificamente para a indústria da Internet das Coisas (IoT). A equipe por trás da IOTA percebeu que, no futuro milhões de computadores e sensores precisariam interagir e pagar uns aos outros, muitas vezes em micro e nano pagamentos. Eles também perceberam que as redes blockchain não seriam capazes de lidar com essas transações, devido às taxas de transação e aos limites de escalabilidade cada vez maiores. Além disso, os mecanismos de consenso e mineração intensivos em energia dos blockchains tradicionais não seriam adequados para dispositivos de IoT de baixo custo e redes intermitentes. 

Isso significa que, se a Internet das Coisas e o DLT fossem se fundir, um novo tipo de “blockchain” precisaria ser desenvolvido, o que é exatamente o que a equipe IOTA criou – a rede Tangle. Para ser preciso, o Tangle não é um blockchain. Em vez disso, ele usa uma estrutura de dados chamada Directed Acyclic Graph (DAG) e, ao fazer isso, o Tangle não apenas mantém os benefícios originais do blockchain, mas também pode melhorá-los exponencialmente. Mas para essa premissa ser 100% executada, o advento das redes 5G são condição sine qua non para assistirmos todo o potencial do projeto em funcionamento.

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Imagem: IOTA Foundation

A principal inovação por trás do uso de um DAG é sua capacidade de realizar transações de taxa zero e, portanto, a capacidade de realizar nano-pagamentos. Isto é conseguido através do próprio Tangle, excluindo assim a necessidade de mineiros e taxas, o que o Tangle em particular faz validando as transações como uma parte intrínseca dos operadores (pessoas que validam transações) e stakers (pessoas que enviam transações).

A rede IOTA foi planejada para operar com 5G mesclado a IoT e M2M

A premissa da IOTA é conectar todos os equipamentos inteligentes existentes e que serão desenvolvidos em futuro próximo, impulsionados pela revolução do 5G. Em particular os M2M, como citamos anteriormente, bem como os processos envolvendo empresas B2B. Com o desenvolvimento das redes 5G essas demandas e certamente novos negócios surgirão a reboque.

Além da vantagem óbvia da velocidade, as redes 5G alcançarão velocidades de conectividade 4-30x maiores do que as redes atuais; as duas outras grandes vantagens beneficiam diretamente a tendência da Internet das Coisas.

Na mudança das redes 4G atuais para 5G, haverá também:

I) Melhorias na latência de 40ms (com 4G) para tão baixo quanto 1ms com 5G.

II) O número de dispositivos conectados com redes 5G aumentará até 100 bilhões de dispositivos conectados simultaneamente.
 
Aplicações para cidades seguras e inteligentes, máquina para máquina (M2M), fábricas inteligentes, segurança pública, redes de energia, finanças, etc, são os setores que experimentarão mais rapidamente os efeitos das redes 5G. É nesse cenário que veremos ou não, mas pelo menos em tese o Projeto IOTA funcionando plenamente.

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