Desde abril deste ano, o investidor passou a contar também com a opção de investir em criptomoedas no Brasil através dos chamados fundos de índices de fundos negociados em bolsa, mais conhecidos como ETFs. Além de possuírem taxas menores que os outros fundos, os ETFs conseguem ter exposição de 100% a criptoativos e grande acessibilidade, com investimento inicial da cota partindo da ordem de R$ 10 (com mínimo exigido de 100 cotas).

A porcentagem de exposição em cripto aumenta quando o fundo é voltado para investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão investido) ou profissionais (mais de R$ 10 milhões), que sobe para cerca de 40% no mínimo, chegando até 100%. Há três anos, essa indústria que hoje só cresce era apenas incipiente, dando os primeiros passos em setembro de 2018, após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ter permitido que fundos brasileiros passassem a investir também em criptomoedas.

Esses produtos estrearam na B3 há apenas sete meses e só no mês de agosto o total de investidores com posições neles chegou a 159 mil. No mês, eles negociaram mais de R$ 1,6 bilhão em ETFs de criptomoedas e esses fundos alcançaram um patrimônio líquido de R$ 2,48 bilhões. De acordo com dados publicados pelo Valor.

De acordo com os dados da ANBIMA, os fundos de investimento alcançaram recorde de captação líquida positiva (diferença entre aplicações e resgates) de janeiro a setembro, totalizando R$ 390,6 bilhões, o maior volume da série histórica, iniciada em 2002, para o período.

Até o fim de agosto, a B3 tinha 51 ETFs listados, cinco deles lastreados em criptomoedas, onde 20% do fundo geralmente está em cripto e o restante em renda fixa.

Contudo, três fundos nacionais foram lançados em agosto e já estão 100% focados em cripto: BITH11, que tem 100% de exposição ao Bitcoin, e registrou R$ 63,3 milhões negociados no mês. O segundo é o ETHE11, que é lastreado no Ether e somou R$ 88,7 milhões transacionados em agosto. O terceiro é o QETH11, que também está diretamente lastreado no Ether, movimentou R$ 174,9 milhões no mês.

Para critério de comparação, os fundos de cripto disponíveis em 2019 no Brasil somavam R$ 4 milhões e 371 cotistas. Já ao final de setembro deste ano, a base de cotistas era de quase 185 mil, com R$ 2,7 bilhões em ativos.

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