O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,5 trilhões (+4,6%) na manhã desta quinta-feira (22). Na ocasião, o Bitcoin (BTC) era transferido acima de US$ 110,8 mil (+4,2%) com 62,9% de dominância de mercado, ganância dos investidores (73%) e as principais altcoins em alta, de até 610%.
O fluxo de capital líquido para o mercado de criptomoedas possibilitou ao Bitcoin atingir sua nova máxima histórica. Na aferição intradiária, o BTC chegou a esbarrar na resistência de US$ 111,8 mil em algumas exchanges de criptomoedas, já que o volume de negociações nas últimas 24 horas beirava US$ 200 bilhões (+57,3%), segundo dados de monitoramento CoinMarketCap.
No mercado de Futuros, dados da Coinglass apontavam dinheiro novo entrando nos mercados relacionados ao ecossistema cripto, já que o Interesse Aberto orbitava US$ 158,9 bilhões (+19,7%) e o volume de negociações disparava a US$ 475,5 bilhões (+64,2%). Porém, o Índice de Força Relativa Médio (AVG RSI) estava em região de sobrecompra (67%), que pode representar movimentos corretivos nas próximas horas para realização de ganhos.
O rali do Bitcoin e das principais altcoins em capitalização de mercado também elevou a US$ 506 milhões (+102%) a liquidação de traders alavancados, com maior prejuízo para os ursos. De acordo com a Coinglass, nas últimas 24 horas, foram cerca de US$ 333 milhões em liquidações de posições vendidas (short) ante US$ 172 milhões de posições compradas (long).
Os números demonstravam prejuízo dos tomadores de empréstimos de criptomoedas que apostaram na queda. O que pode ter forçado parte deles a recomprar seus próprios empréstimos antes de serem liquidados e, com isso, ampliado o rali do Bitcoin, efeito conhecido como short squeeze.
No entanto, a alta do mercado de criptomoedas parecia se correlacionar com os últimos acontecimentos envolvendo o endividamento do governo dos Estados Unidos. Isso porque a agência Moody’s rebaixou as notas de crédito dos Estados Unidos, de Aaa para Aa1. Segundo a agência, as taxas de juros pagas pelo governo para reter capital pode comprometer 9% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2035, em comparação com os 6,4% de 2024.
A decisão da Moody’s coincidiu com mais um dia de alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, os Treasuries, como forma de reter capital. O que coincidiu com a queda, entre outros índices acionários, do S&P 500 e do Nasdaq, encerrados em respectivos 5.844,61 (-1,61%) e 18.872,64 pontos (-1,41%).
Em paralelo, o Congresso dos EUA, de maioria republicana, avança com um projeto do governo do presidente Donald Trump que pode aumentar em US$ 1 trilhão o deficit anual até 2035. O que foi negado no início da semana pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Por outro lado, a CEO da exchange australiana BTC Markets, Caroline Bowler, disse em nota que a nova máxima do Bitcoin "reflete um interesse maduro em ativos digitais em todo o mundo, não o aumento especulativo visto em ciclos passados".
A demanda atual é impulsionada por infraestrutura de nível institucional e maior clareza regulatória. O sentimento dos investidores mudou decisivamente, refletindo alocações de estilo institucional, emendou.
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Na esteira do otimismo institucional, os fundos negociados em bolsa (ETFs) baseados em Bitcoin e Ethereum (ETH) avançaram por respectivos volumes de entradas líquidas de US$ 608,99 milhões e US$ 587,43 mil, segundo dados da plataforma SoSoValue. Por outro lado, os investidores de criptomoedas precisam ficar atentos, já que o Volatility Index (VIX), “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, encontrava-se avançado a 20,52 pontos (+13,5%).
O fluxo de capital para as altcoins apresentava ligeira retração. O que era perceptível pelo recuo de 25 para 23 pontos do índice altseason, que mede o nível de rotação de capital para os principais tokens em capitalização de mercado. Nesse grupo de tokens, o WAL valia US$ 0,62 (-2,6%), o AAVE se retraía a US$ 252,17 (-1,7%), o BSV era negociado por US$ 38,98 (+9,6%), o CRV representava US$ 0,79 (+9,3%) e o BCH era trocado por US$ 434,56 (+9,2%).
Quanto às altas de dois a três dígitos percentuais, o SPX chegava a US$ 0,90 (+23%), o FARTCOIN se nivelava por US$ 1,52 (+17,3%), o RUNE alcançava US$ 2,16 (+16,6%), o DOG acelerava US$ 0,044 (+21,2%), o W era trocado por US$ 0,11 (+16%), o BUILDon (B) era trocado por US$ 0,28 (+610%), o MOONPIG estava cotado a US$ 0,087 (+134,3%), o DHN se convertia em US$ 5,74 (+98,2%), o COOKIE era comprado por US$ 0,27 (+41%) e o MERL chegava a US$ 0,11 (+32%).
Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam TRUBO na Binance US, AWE na Bitget, Bybit Futuros, Gate.io, Huobi e Phemex, B na AscendEx e BitMart, BLUE na Bithumb, PROMPT na Poloniex, HAPPY na Indodax.
No dia anterior, o Bitcoin rompia US$ 106 mil em dia de listagem e airdrop de 30.000.000 HAEDAL na Binance, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.