A reguladora financeira da Alemanha não tem informações sobre "incidentes cibernéticos" ou manipulação de mercado ocorridos em plataformas de negociação cripto do país, de acordo com press release de 28 de maio.

A Autoridade de Supervisão Financeira (BaFin) — agência financeira que supervisiona bancos, instituições de serviços financeiros e serviços de seguridade — respondeu a uma questão do Partido Democrático Livre (FDP), um partido político de centro no país, com informações sobre ataques cibernéticos, fraude, lavagem de dinheiro e manipulação de mercado envolvendo ativos cripto.

Uma tradução da resposta escrita da BaFin revela que ela não categoriza crimes financeiros de forma diferente se as criptomoedas estiverem envolvidas:

“Fraudes envolvendo ativos cripto não são reportados separadamente nas estatísticas policiais de crimes. O governo federal, além de incidentes publicamente conhecidos, não fornece informações sobre fraudes na área de criptomoedas e ICOs [ofertas iniciais de moedas] na Alemanha ou na União Européia”.

A reguladora também disse que o mesmo se aplica para a manipulação de mercado. Porém, a BaFin tem conhecimento do uso de criptomoedas para lavagem de dinheiro, com referência específica ao Bitcoin (BTC):

“O Departamento Federal de Polícia Criminal está ciente das investigações e condenações por lavagem de dinheiro, em que as receitas ilegais de Bitcoins de transações de narcóticos na darknet foram lavadas por meio de contas bancárias ou em serviços de lavagem de dinheiro oferecidos pela darknet por receita ilegal de tráfico de drogas.”

Embora o uso de criptomoedas por lavagem de dinheiro continue sendo uma preocupação para muitos reguladores financeiros em todo o mundo, um relatório de 2018 da Agência Nacional de Polícia do Japão descobriu que a lavagem de dinheiro relacionada a moeda virtual representava apenas 2% dos casos registrados.