Mais uma empresa de investimentos em criptomoedas sofre com relatos de atrasos nos pagamentos e saques limitados de clientes no Brasil. A Genbit, que faz parte do grupo Tree Part (antes responsável pela Zero10Club, proibida de operar no Brasil), já leva um mês com operações limitadas de saques e pagamentos, causando a revolta de clientes. A empresa nega tanto os atrasos quanto os saques.
Segundo o Portal do Bitcoin, a empresa chegou inclusive a estornar pedidos de saques e limitou os pedidos a 0,5 BTC por dia. A justificativa da empresa é que ela estaria instituindo novas políticas e resolveu estornar os saques antes do primeiro dia de outubro. Os limites serviriam para "preservar momentaneamente os limites financeiros das transações".
Segundo relatos, a negociação de BTCs dentro da estrutura da empresa estaria funcionando normalmente, com os problemas ocorrendo apenas quando há pedido de saques ou envio de fundos para carteiras fora da exchange. A empresa estaria cobrando 15% de taxa para transferência de BTCs para carteiras externas, mas mesmo com as taxas elevadas os pedidos não estariam sendo completados.
Como noticiou o Cointelegraph, a Zero10Club, antes apenas Zero10, encerrou suas atividades no fim de julho depois de receber alertas para tal da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ser investigada por fraude e suposta pirâmide financeira.
Os relatos de problemas em pagamentos da empresa é similar ao ocorrido com outras grandes empresas que ofertavam investimentos cripto e hoje estão na mira da Justiça brasileira: a Atlas Quantum e o Grupo Bitcoin Banco.
A assessoria de imprensa da Genbit defendeu que "não há atrasos nos pagamentos nem restrições de saques pela Genbit", dizendo que a empresa adotou um "novo programa de saques, para garantir que todos os clientes, independentemente do porte de suas aplicações, tenham tratamento equânime". Eles ainda dizem que "a medida foi tomada de maneira transparente, com avisos a todos os clientes".