A Gol, uma das principais companhias aéreas do Brasil, retirou de circulação cerca de 11 aeronaves ‘novinhas’, os Boeings 737 NG (Next Generation) pois elas possivelmente apresentariam defeitos que poderiam levar a uma queda dos aviões.
A ação tomada pela Gol foi seguida por diversas companhias em todo o mundo e representa uma possível crise em uma das principais empresas dos EUA.
Segundo especialistas a Boeing estaria passando por uma grande crise financeira e de credibilidade que pode acabar gerando um grande impacto no mercado de capitais e, possivelmente, trazendo novos investidores para o mercado de Bitcoin e criptomoedas em busca de um ‘pouso seguro’ no momento de turbulência.
A crise na empresa americana teria ficado evidente com a fabricação do Boeing 737 Max, que teria sido fabricado com defeitos supostamente ‘escondidos’ pela fabricante e que acabaram resultando em dois graves acidentes, um com a Lion Air, da Indonésia, e o outro da Ethiopian Airlines.
Uma investigação após o acidente revelou que a aeronave tinha um erro sério desde o início e que a empresa teria feito uma ‘gambiarra’ mudando os motores 30,5 centímetros para a frente e outros 30,5 para cima, o que teria resultado em uma aeronave sem possibilidade de governo.
A Boeing teria criado um sistema de controle de voo, chamado MCAS, para ‘camuflar’ o erro na concepção da aeronave, contudo não informou ninguém sobre isso e inclusive retirou o MCAS do manual do MAX.
O resultado de tudo isso foi mais de 500 aeronaves retiradas de circulação e mais 1514 que seriam entregues estão paradas na empresa. Já os modelos 737 NG, como os que a Gol tirou do ar, teriam fissuras na estrutura e também estão sendo colocados em “quarentena” pelas empresas.
Especialistas apontam que estes fatos podem afetar fortemente a saúde da empresa e levar a Boeing a uma espécie de recuperação pelo governo dos EUA ou a um processo de falência, o que, em ambos os casos, teria um forte impacto na bolsa de valores do EUA e nas bolsas em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Diante de um cenário de ‘crash’ nos mercados tradicionais, especialistas apontam que Bitcoin pode ser um hedge seguro pois não estaria vinculado a estas ‘crises’ de mercado com impacto global.
“O Bitcoin pode ser um hedge contra o caos no mercado tradicional. O BTC representa um porto seguro contra todos os problemas que vemos nos mercados fiduciários e mercados de ações”, disse o CEO da Morgan Creek Capital, Mark Yusko.
A mesma opinião é compartilhada por André Franco, especialista em criptomoedas da Empiricus que destaca que o Bitcoin pode ser usado como reserva de valor em momentos de crise.
“O Bitcoin é a saída mais fácil, em momentos de crise, para preservar o poder de compra”, destaca.
Além da crise na Boeing especialistas apontam, inclusive o FMI, para o endividamento das grandes economias como China e EUA que poderia ‘estourar’ em breve e que o Bitcoin seria a reserva de valor ideal neste momento.
Como noticiou o Cointelegraph, o especialista em criptomoedas Rhythm, defende que cada dólar da dívida nacional dos EUA é na verdade, uma razão para comprar Bitcoin (BTC).
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