A Receita Federal do Brasil irá participar em junho de uma reunião em Santiago, Chile, organizada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) com o objetivo de coordenar ações entre os países com relação ao Bitcoin e criptomoedas. O encontro será a Segunda Reunião do Grupo de Trabalho de Criptomoedas do Hemisfério Ocidental.

O Grupo de trabalho foi criado pelo DOJ no ano passado e tem como objetivo organizar ações conjuntas para combater o uso indevido criminoso das criptomoedas. A primeira reunião foi realizada no Panamá, no ano passado, com a presença de representantes do Chile, Colômbia, Costa Rica, México e do Panamá.

Antes da reunião no Panamá o grupo também já havia realizado um encontro no Rio de Janeiro, visando a coordenação de esforços para evitar que os criptoativos sejam usados em atividades criminosas.

Como parte da agenda de colaboração entre as nações para o combate de crimes cibernéticos, o Departamento de Justiça dos EUA tem uma sede do Cyber & IP Western Hemisphere (ICHIPs), na cidade de São Paulo.

G20

Além da coordenação de trabalhos sobre criptomoedas entre o Brasil e outras nações das américas, o país tem atuado junto ao G20 na proposta de criação de diretrizes globais para o mercado de criptoativos.

Diante disso, o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco de Compensações Internacionais (BIS) divulgarão documentos e recomendações que estabelecem padrões para um marco regulatório global das criptomoedas dentro do G20.

De acordo com um documento resumindo os resultados da reunião com ministros das finanças e presidentes de bancos centrais, o FSB divulgará até julho recomendações sobre regulamentação, supervisão e supervisão de stablecoins globais e os mercados de criptoativos.

A próxima orientação é esperada para setembro, quando o FSB e o FMI devem apresentar em conjunto “um documento integrando e sintetizando as perspectivas macroeconômicas e regulatórias para os criptoativos”.

No mesmo mês, o FMI também apresentará um relatório sobre as “potenciais implicações macrofinanceiras da adoção generalizada” das moedas digitais de banco central (CBDCs). 

“Estamos ansiosos pelo Documento de Síntese do FMI-FSB, que defenderá uma abordagem política coordenada e abrangente para criptoativos, considerando perspectivas macroeconômicas e regulatórias, incluindo toda a gama de riscos apresentados pelos criptoativos", declarou o G20 em um documento publicado em sua última reunião.

O BIS também apresentará um relatório sobre questões analíticas e conceituais e possíveis estratégias de mitigação de risco relacionadas a criptomoedas. O prazo de divulgação deste relatório não é mencionado no documento. Uma força-tarefa financeira do G20 também analisará o uso de criptoativos para financiar atividades terroristas.

O anúncio foi divulgado dois dias depois de reuniões oficiais em Bengaluru, na Índia.

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