A Polícia Federal pode ter encontrado Bitcoins em exchanges nacionais atrelados a Walter Delgatti Neto, um dos presos na Operação Spoofing acusado de invadir contas em aplicativos de redes sociais de autoridades ligadas a operação Lava Jato, conforme reportou em 31 de julho o Jornal Estado de São Paulo.

Segundo a reportagem, a PF vai cruzar as informações encontradas nos celulares e computadores dos quatro suspeitos presos, junto com os registros enviados pelas corretoras acionadas judicialmente a revelar a existência de criptomoedas em contas dos acusados (foram acionadas as plataformas Mercado Bitcoin, FoxBit, Braziliex, 3xBit, Brasil Bitcoin e OmniTrade)

Embora Neto tenha negado ter sido pago por qualquer serviço de hacking ligado as autoridades da Lava Jato, a Polícia Federal busca relação entre os valores encontrados e informações dos dispositivos apreendidos para tentar encontrar possíveis patrocinadores da ação.

Segundo a reportagem, a PF e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) já receberam os dados das empresas que os suspeitos usavam para operar com criptomoedas e estão chegando as informações.

“Seguimos padrões de compliance como as principais bolsas do mundo. Qualquer tipo de operação suspeita é relatada às autoridades. Dentro do mercado de criptomoeda há sistemas que funcionam como uma espécie de Serasa que alertam para eventuais riscos nas operações”, afirmou Marcos Alves, CEO do Mercado Bitcoin que não quis comentar o caso da invasão dos celulares investigado pela Polícia Federal.

Como reportou o Cointelegraph, empresas brasileiras têm alertado seus usuários sobre as novas normas da Receita Federal que exigem que transações com Bitcoin e criptomoedas sejam reportadas ao regulador e têm publicado guias com orientações para seus clientes.