Um artigo publicado por acadêmicos da Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, estuda o impacto da produção de Bitcoin na saúde e no clima. A matéria é deste domingo, 17 de novembro, do jornal português Público.

Segundo o artigo, os autores recolheram dados sobre a quantidade de emissão de quatro poluentes associados à produção de quilowatts de eletricidade nos Estados Unidos e na China e associaram-na com o consumo para produção de BTC.

Já os impactos na saúde foram tomados através de estimativas de exposição da população aos poluentes, calculando uma taxa de mortalidade prematura associada.

Como resultado, em 2018 nos Estados Unidos cada dólar utilizado para produzir BTC gerou um impacto médio de 48 centavos associados ao clima e à saúde, enquanto na China o impacto era de 37 centavos.

A variação de preços do BTC, porém, trouxe diferenças de resultado significativas, com cada dólar gerando US$ 0,95 de impacto em 31 de dezembro de 2018. Diz o artigo:

“Sem um perpétuo aumento de preços, a mineração de moedas pode seguir por um quase inevitável saldo negativo de benefícios sociais, à medida que a energia que usam para minerar aumenta cada vez mais.”

Finalmente, o artigo propõe que os governos implementem controle fiscal sobre os custos sociais associados à produção de criptomoedas, apesar de reconhecer que a taxação pode simplesmente levar os mineradores a outra jurisdição, ondem tenham mais benefícios e menos custos para a mineração. E conclui:

“É do interesse público global prevenir esta produção socialmente ineficiente e afastarmo-nos colectivamente das alternativas de blockchain que são altamente intensivas no consumo de energia.”

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