O gasto com energia pode piorar a situação ambiental do planeta e agravar o aquecimento global.

A Revista Exame fez um levantamento afirmando que o Bitcoin é “ anti-verde, anti-meio-ambiente, anti-governo desperdício de energia.

A reportagem mostra uma pesquisa que diz que o Bitcoin “cristaliza a propriedade básica do dinheiro através do consumo deliberado de energia na cunhagem de novas moedas.”

Diz, ainda, que “a ‘pegada energética’ da rede reside inteiramente no consumo dos mineradores. É contraintuitivo, dado que processos industriais raramente são tão eficientes quanto: boa parte da energia se "'erde' durante a conversão - por conta de fricção, radiação, ociosidade e uma miríade de outros fatores. No fim das contas, isso torna críticas ao impacto ambiental da criptomoeda mais fáceis de se endereçar, em comparação com outras indústrias. "

Um dado impressionante que a pesquisa traz é que, se fosse um país, o Bitcoin estaria perto do 30º lugar em consumo de energia. 

“Se fosse um país, o Bitcoin estaria perto do 30º lugar em consumo de energia. Quem faz essa comparação, para manter a coesão do raciocínio, deveria modelar a rede como uma economia que importa eletricidade e exporta um serviço, 24/7, de transferência e proteção de valor. Essa economia facilita $3-4 trilhões de dólares em transferências (volume anual). Assegura centenas de bilhões de dólares (o market cap do BTC). E gasta $20 bilhões de dólares por ano (recompensas por bloco) para atender 100+ milhões de cyber cidadãos (endereços ativos).

Se fosse um país, pavimentando a prosperidade de mais de cem milhões de pessoas (além de empregar diretamente ~1 milhão de mineradores como "funcionários públicos"), dificilmente se taxaria de desperdício os recursos gastos na manutenção da rede. Não cabe a nós influenciar sua visão sobre o que deve ou não deve ser considerado um país. Basta apontar que, ao longo da história, a incapacidade de reconhecer a soberania de um determinado povo ou etnia costuma resultar em tragédias e/ou deixar de herança arrependimentos históricos - para quem ficou do lado dos negacionistas.”

O fato é que a indústria de criptomoedas já se deu conta desse desperdício de energia e sabe que se conseguir tomar medidas para compensar os danos ambientais, poderá ajudar o planeta e valorizar seus criptoativos ecologicamente responsáveis.

Um exemplo, como publicou o Cointelegraph, é o ETF de mineração verde de Bitcoin lançado na Bolsa de Valores de Nova York.

O novo fundo negociado em bolsa se concentra em empresas de infraestrutura de mineração cripto ecologicamente correta.

Outra iniciativa é a TreeDefi, que chegou ao Brasil em parceria com a AmazonasCoin para tokenizar crédito de carbono e NFTs sustentáveis.

A Plataforma de colecionáveis ​​digitais Terra Virtua também agiu para se posicionar e mudou da blockchain Ethereum para a Polygon em uma tentativa de ser 'mais verde'.

A Terra Virtua mudou para a Polygon como parte de um plano para criar um ecossistema de token não-fungível (NFT) mais sustentável. A plataforma alegou que a mudança reduziria a energia necessária para criar um único NFT em mais de 99%. 

A Hashdex lançou um novo ETF 100% de Bitcoin com proposta de compensar emissões de carbono

E a Hering avisou que compraria criptomoeda brasileira para neutralizar suas emissões de carbono.

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