O que se apresentou como um sentimento de pânico por parte dos investidores de criptomoedas nos últimos dias, que liquidaram suas posições possivelmente fugindo dos investimentos de risco em direção a ativos considerados menos voláteis e, teoricamente, mais seguros, parecia ter se atenuado na manhã terça-feira (20), quando se inicia a reunião do Federal Open Market Committee (Fomc) do Federal Reserve (Fed) com objetivo de estabelecer novas diretrizes da política monetária dos EUA, a serem anunciadas na próxima quarta (21), data que coincide com o anúncio da taxa Selic, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC; Bacen).

O mercado de criptomoedas movimentava pouco mais de US$ 931 bilhões e apresentava alta de 3,45%, mesmo percentual do avanço do preço do Bitcoin (BTC), trocado de mãos pouco acima de US$ 19,2 mil, que dominava 39,6% do mercado cripto. Números que demonstravam certa redução, ainda que temporária, da tensão do mercado em relação aos últimos dias, marcada por forte queda nos preços do BTC e da ampla maioria das altcoins. 

Por outro lado, a “super quarta”, termo alusivo ao sincronismo do dia em que serão anunciados as taxas de juros dos EUA e do Brasil, ainda deverá provocar forte impacto no mercado de criptomoedas, seja positivo, caso as instituições financeiras divulguem notícias mais arrefecedoras, ou negativo, caso elas decidam pela continuidade do arrocho nos juros como ferramenta de combate à escalada dos preços, embora as realidades sejam distintas, já que o Brasil apresentou deflação em agosto enquanto os EUA registraram alta de preços, de 0,1%, chegando a 8,3% no acumulado de 12 meses.

 A maioria da altcoins operava em alta, em percentuais ainda tímidos para os padrões do mercado cripto. Em relação aos os tokens dos principais projetos por capitalização de mercado, com exceção das stablecoins, o ETH era negociado por US$ 1.360 (+3,4%), o BNB se encontrava precificado em US$ 270 (+3,3%), o XRP podia ser comprado por US$ 0,38 (+8%), o ADA era trocado de mãos pouco acima de US$ 0,44 (+0,9%), o SOL equivalia a US$ 32,24 (+2,93%), o DOT representava US$ 6,31 (+0,8%), o MATIC estava cotado em 0,75 (+0,7%), o AVAX  operava estável em US$ 16,90 e o ATOM estava cotado a US$ 15,04 (-3,8%).

Em relação às altas de dois dígitos, o APE estava precificado em US$ 5,81 (+11%),   o PUNDIX estava avaliado pouco acima de US$ 0,55 (+17%), o VGX era trocado por volta de US$ 0,68 (+15%), o SYS respondia por US% 0,18 (+11,6%), o PEOPLE representava US$ 0,022 (+11,5%), o MDX era negociado por US$ 0,078 (+28%), o QKC estava posicionado em US$ 0,014 (+18,6%).

Um dos destaques era EPX, token da exchange descentralizada (DEX) Ellipsis.Finance, um fork do protocolo Curve (CRV) que permite aos usuários a realização de swaps, staking e provisão de liquidez, por meio de stablecoins.

Gráfico diário do par EPX/USD. Fonte: CoinMarketCap

Pelo que apresentava o gráfico, o preço do token iniciou um forte movimento ascendente no final da madrugada e chegou a registrar uma alta em torno de 90% aproximadamente duas horas depois, quando começou a perder um pouco de força. O EPX era negociado por volta de US$ 0,00071 e registrava alta de 75,5%. 

Além do EPX, o token de outra DEX, também pouco conhecida, entrou no radar de um analista ao apresentar sinais de alta, segundo ele, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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