Sob o tema “Cooperação em um mundo fragmentado”, o Fórum de Davos, na Suíça, deve reunir 2,7 mil representações internacionais de 130 países entre esta segunda (16) e sexta-feira (20), o que inclui as presenças de 52 chefes de estado e de governos. Muito mais do que um encontro geopolítico e cultural dos povos, o Fórum Econômico Mundial deverá se debruçar sobre uma macroeconomia combalida, um mundo dividido por uma guerra em andamento, fome, inflação, recessão e sob a ameça crescente do desmatamento, da poluição e do aquecimento global.
Nesse contexto, de apresentar soluções que possam ajudar o planeta a sobreviver, a tecnologia blockchain, que serve de base para as criptomoedas, deverá ganhar lugar de destaque em Davos pela participação do cofundador da startup brasileira Green Mining, Rodrigo Oliveira, cuja participação está prevista para acontecer em dois painéis do Fórum que serão transmitidos online pela plataforma oficial do evento, de acordo com informações do Uol.
Fundada em 2013 por Oliveira, Adriano Ferreira e Leandro Metropolo, a Green Mining, hoje acelerada pela Ambev, nasceu a partir de um software voltado ao rastreamento de resíduos da construção civil, que foi transformado cinco anos depois em um sistema voltado ao rastreamento reverso de embalagens através da blockchain com objetivo de trazê-las novamente ao ciclo produtivo.
De acordo a empresa, a Green Mining já coletou 5,18 milhões de quilos de embalagens e evitou que 863,44 mil quilos de CO2 fossem enviados para a atmosfera, o que, segundo a startup, acontece pelo trabalho de coletores com carteira assinada e através de um algoritmo que mapeia os pontos de geração de resíduos pós-consumo a fim de que sejam instalados centros de recebimento (hub) nesses locais, para armazenamento do material coletado. Em seguida, o material é pesado e cada etapa do processo é registrado na blockchain desenvolvida pela Green Mining.
A iniciativa, implantada em localidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF), parece ter agradado ao mercado, já que o sistema, entre outros prêmios, foi vencedor do ClimaLaunhpad, considerado a maior competição mundial de ideias de negócios verdes, promovido desde 2018 no Brasil pela plataforma de inovação Climate Ventures. Em 2021, a Green Mining ocupou uma das 10 primeiras colocações na categoria CleanTechs e na categoria CleanTechs em 2022.
Quem também está de olho na blockchain são os agricultores brasileiros que estão conseguindo crédito através da tecnologia. O que acontece por meio da CreDA, uma plataforma do ramo de finanças descentralizadas (DeFi) de soluções de empréstimo através da blockchain, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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