No ritmo de sucessivas perdas de capital desde o início de dezembro, quando uma liquidação massiva e repentina de Bitcoin (BTC) começou a esvaziar os aportes financeiros, apesar de algumas reações, o mercado de criptomoedas voltou a sofrer perdas significativas nos últimos dias. Na tarde desta quinta-feira (12), o BTC chegou a ser negociado por US$ 24 mil na plataforma da exchange Bitstamp. Segundo  o mapeamento do CoinMarketCap, a criptomoeda era negociada a US$ 28,7 mil com perda de 1%. 

O mercado, que chegou a movimentar mais de US$ 3 trilhões no final de 2021, pairava em torno de US$ 1,2 trilhão em capitalização total. Mas a baixa do setor também pode ser enxergada pela dilapidação  de patrimônios bilionários, de investidores que apostaram alto e agora  assistem  boa parte de suas fortunas evaporar.

Um exemplo é o CEO da exchange de criptomoedas dos Estados Unidos Coinbase, Brian Armstrong, cujo patrimônio, que era aproximadamente de US$ 13,7 bilhões em novembro, caiu para aproximadamente US$ 2,2 bilhões segundo um levantamento da Bloomberg. No caso da exchange, um prejuízo de US$ 430 milhões divulgado no relatório do primeiro trimestre e o temor de calote nos fundos dos clientes fez  Brian Armstrong ir a público dizer que os investimentos custodiados estão seguros

Michael Novogratz, CEO da gestora de investimentos em criptomoedas Galaxy Digital, perdeu cerca de US$ 6 bilhões e atualmente seu patrimônio está estimado em US$ 2,5 bilhões de acordo com o levantamento. A Galaxy Digital também relatou perdas no primeiro trimestre, na ordem de US$ 112 milhões, citando a volatilidade dos preços das criptomoedas.

Segundo estimativa da Bloomberg, o CEO e fundador da Binance, Changpeng Zhao, o CZ, sofreu as maiores perdas. O CEO da maior exchange de criptmoedas do mundo viu seu patrimônio encolher de US$ 96 bilhões em janeiro para US$ 11,6 bilhões. 

Os irmãos gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, fundadores da exchange Gemini, perderam mais de US$ 2 bilhões cada um, o que representa aproximadamente de 40% de suas respectivas fortunas, anteriormente avaliadas em cerca de US$ 5 bilhões cada uma. 

O CEO e fundador da exchange de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried,  segundo o levantamento, perdeu metade de seu patrimônio, que atualmente estaria em torno de US$ 11,3 bilhões. O que pode não ter abalado o entusiasmo do empresário com o setor. Tanto que a FTX solicitou uma carta fiduciária com o Departamento de Serviços Financeiros de Nova York, ou NYDFS, para operar no estado. Em janeiro, a FTX US atingiu uma avaliação de US$ 8 bilhões após uma rodada de financiamento de US$ 400 milhões, conforme noticiou o Cointelegraph

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