O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,16 trilhões (-2%) na manhã desta quarta-feira (12), ocasião em que o Bitcoin (BTC) era trocado de mãos por volta de US$ 96 mil (-2%) com dominância de mercado a 60,3%, sentimento dos investidores mantido em zona de medo (35%) a maioria das principais altcoins no vermelho, apesar da alta de alguns tokens, em até dois dígitos.
A pressão sore o mercado cripto coincidia com declarações de Chair do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, feitas no primeiro de dois dias de sabatina junto ao Congresso dos Estados Unidos. De acordo com o presidente da autoridade monetária, “há alguma incerteza elevada”, o que deve fazer com que o banco central dos EUA freie novos cortes na taxa de juros, em face das novas tarifas impostas pelo governo de Donald Trump a produtos de outros países.
Powell acrescentou que a economia está forte, crescendo a uma taxa de 2% a 2,5%, o que também representa um sinal de pausa na redução de juros, cenário que pode arrefecer o superaquecimento do mercado de criptomoedas, desde o começo de novembro, com a vitória de Trump.
“Não precisamos ter pressa para ajustar nossa postura de política monetária”, completou Powell.
Outro possível catalisador de volatilidade para o mercado cripto, pela relação existente com a inflação, é a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) referente a janeiro. Porém, segundo os analistas, os resultados divulgados pelo Departamento do Trabalho não devem alterar a postura do Fed em pausar o corte de juros nos próximos meses.
Elevado a 16,04 pontos (+1,45%), o Volatility Index (VIX), conhecido por índice do medo, também retratava a cautela dos investidores. Já os índices S&P 500 e o Nasdaq, historicamente correlacionados ao desempenho do Bitcoin, encerraram o dia anterior em 6.068,50 (+0,034%) e 19.643,86 pontos (-0,36%), respectivamente. Os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin recuaram em líquidos US$ 56,76 milhões, enquanto os ETFs baseados em Ethereum (ETH) avançaram em líquidos US$ 12,58 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.
Apesar das incertezas, o índice altseason, que afere a força média dos 100 principais tokens em capitalização de mercado em 90 dias, encontrava-se avançado a 41 pontos em sinal de manutenção da rotação de capital do BTC para as altcoins. No grupo dos principais tokens em market cap, o ENA derretia a US$ 0,42 (-10,8%), o CRV se retraía a US$ 0,52 (-10,1%), o KAS retornava a US$ 0,095 (-9,2%), o TIA se comparava a US$ 3,12 (-9,6%), o SPX era trocado por US$ 0,71 (-8,7%), o CAKE avançava a US$ 2,19 (+9%) e o JTO era trocado por US$ 2,71 (+3,6%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o BNX estava precificado em US$ 0,82 (+22,3%), o JAILSTOOL valia US$ 0,065 (+93,7%), o ZRC atingia US$ 0,055 (+39,1%), o PRQ se nivelava por US$ 0,23 (+29,6%), o AZERO estava quantificado em US$ 0,23 (+30%), o SYN era vendido por US$ 0,45 (+23,2%), o AIAT estava cotado a US$ 0,57 (+13,8%), o LMT era comprado por US$ 0,068 (+55,5%) e o T99 se convertia em US$ 0,056 (+22,1%).
Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam AVL na AscendEx, CoinEx, Bybit, LBank e Gate.io, D e OLAS na Poloniex, DIN na Kucoin, AI16Z, MORPHO e FARTCOIN na Crypot.com e AFD na Biconomy.
No dia anterior, uma nova criptomoeda L2 da Solana tentava 30.000% em listagem e airdrop na Binance em meio a resiliência do Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.