Resumo da notícia:
Bitcoin apresenta alta volatilidade na esteira do corte de juros do Fed.
Autoridade monetária mantém cautela e não descarta aperto para segurar a inflação.
RSI aponta aumento da pressão de venda de criptopmoedas.
Na manhã desta quinta-feira (11), o mercado de criptomoedas recuava a um market cap de US$ 3,08 trilhões (-2,5%), enquanto o Bitcoin (BTC) era trocado de mãos por volta de US$ 90,3 mil (-2,6%) com dominância a 58,6%, medo (29%) e a maioria das altcoins no vermelho.
A saída de capital líquido do mercado de criptomoedas e a queda do Bitcoin acompanhavam a retração de futuros de índices no momento desta edição. Entre eles o S&P 500 e o Nasdaq, aos quais o Bitcoin historicamente se associa, encerrados em respectivos 6.886,68 (+0,67%) e 23.654,16 pontos (0,33%) no pregão do dia anterior, quando o BTC atingiu um pico intradiário de US$ 94,2 mil.
A volatilidade sugeria devolução de ganhos após o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) decidir pelo corte de 0,25% na taxa básica de juros praticada pelo Federal Reserve (Fed), que passou a um patamar de 3,5% a 3,75% ao ano. Segundo o colegiado de política monetária do Fed, a atividade econômica tem se expandido, porém com desaceleração do mercado de trabalho e resiliência da inflação.
O comunicado do Fed coincidiu com a cautela do mercado nos últimos dias, já que algumas agências associaram a refração de novas contratações às incertezas decorrentes da guerra tarifária promovida pelo presidente Donald Trump, por causa do aumento do custo manufatureiro em geral.
O Comitê busca alcançar o máximo emprego e uma inflação de 2% no longo prazo. A incerteza quanto às perspectivas econômicas permanece elevada. O Comitê está atento aos riscos para ambos os lados de seu duplo mandato e considera que os riscos de queda no emprego aumentaram nos últimos meses, informou o Fed.
A autoridade monetária acrescentou que o Fomc “estará preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado, caso surjam riscos que possam impedir o alcance de seus objetivos”, que incluem a meta de inflação anual a 2%.
O VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, estava recuado a 16,12 pontos (-4,8%). Já fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados negociação à vista (spot) de Bitcoin, de Ethereum (ETH), de XRP e de Solana (SOL) avançaram por respectivas entradas líquidas de US$ 223,52 milhões, US$ 57,58 milhões, US$ 10,20 milhões e US$ 4,85 milhões, segundo dados da SoSoValue.
O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava baixa a US$ 133,43 bilhões (-1,8%) no Interesse Aberto e lateralização a US$ 289 bilhões no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas orbitava a US$ 502,85 milhões (+11,1%). Nesse caso, os touros estavam em desvantagem pela liquidação de quase US$ 376,5 milhões em posições compradas (longs) ante US$ 126,3 milhões em liquidações de posições vendidas (shorts).
A 41,05 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio se localizava em zona neutra, porém com aumento da pressão de venda de criptomoedas ante o dia anterior. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como PIPPIN, XPL, XMR, ZEC, TRUTH, LRC, RIVER, M, LIGHT, 1000RATS, UB, FHE, YALA, ESPORTS, GLM, MERL, CHZ, PLAY. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como FIL, ALCH, PUMP, GIGGLE, CAKE, ARC, BERA, MMT, OG, TURBO, AERO, AIA, MOVE, ALLO, CLO, TST, TRUST, ME, MASK, AIN, KNC, EUL.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, estava localizado em 20 pontos. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o PENGU recuava a US$ 0,011 (-10,6%), o ETHFI valia US$ 0,79 (-10,5%), o ADA representava US$ 0,42 (-8,9%), o PUMP se retraía a US$ 0,0027 (-8,9%), o TEL era trocado por US$ 0,0050 (-8,5%), o M avançava a US$ 1,48 (+2,7%), o XMR chegava a US$ 405,43 (+2,1%) e o MYX se nivelava por US$ 2,99 (+1,4%).
As altas de dois dígitos se encontravam em menor número. Entre elas, o TRUTH se convertia em US$ 0,023 (+92,5%), o JELLYJELLY correspondia a US$ 0,073 (+67,1%), o LIGHT avançava a US$ 1,13 (+56,8%), o BEAT chegava a US$ 1,70 (+22,3%), o LRC estava cotado a US$ 0,060 (+21,5%), o CROSS estava precificado em US$ 0,14 (+20,9%) e o DBR se equiparava a US$ 0,023 (+14,6%).
Entre as novas listagens estavam US na Phemex e na Kraken, TRUTH na CoinEx, XAU na Binance Futuros, XU308 na Bitrue, CYS e NOX na LBank, DOYR na Poloniex, GAIB, FLUID e FHE na HitBTC, CYS na Kucoin.
No dia anterior, as criptomoedas subiram até 170% enquanto o Bitcoin lutava por US$ 93 mil de olho no Fed, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.