Resumo da notícia
Fed corta juros, mas Bitcoin segue preso perto de US$ 90 mil.
Smart money acumula BTC enquanto varejo realiza lucros com medo.
Analistas alertam para incerteza macro e volatilidade crescente no curto prazo.
9h
Marco Aurélio Camargo, CIO da Vault Capital
O preço voltou a testar a região de 90.300, e isso reforça a importância das zonas que já vínhamos monitorando.
A pressão baixista só se acelera se perdermos a mínima local em 87.765.
Caso isso ocorra:
Perdemos a estrutura de desvios em 88–86k
Alvo passa imediatamente para 84.000–84.500
Abaixo disso, revisitamos a mínima global recente em 80.559
E, rompendo 80k, o preço tende aos desvios profundos em 78k–75k
Esse é o cenário extremo, mas precisa ser respeitado, estamos num ponto sensível onde a direção pode se definir rapidamente.
A estrutura saudável depende de segurar a região atual e voltar a ganhar tração rumo à faixa de 92.410.
Esse nível é crucial porque marca:
a recuperação do equilíbrio comprador/vendedor,
a retomada do momentum,
e o início da construção para os próximos alvos.
Antes disso, o mercado precisa recuperar 91.400 o quanto antes.
Sem esse nível, não há estrutura sólida.
Se o preço voltar a fechar acima de 92.410, seguimos o fluxo previsto:
Retestar 94.167 com fechamento sólido
Recuperar a região de 95k+
Mirar o cluster imediato de 98k, onde temos liquidez significativa
Esse é o caminho esperado caso o fluxo comprador volte a se estabelecer de forma consistente.
8h
Nic Puckrin, analista de investimentos e cofundador do Coin Bureau:
A decisão do FOMC de hoje não foi tão hawkish quanto muitos participantes do mercado esperavam, então os mercados estão respirando aliviados. O Bitcoin e o S&P 500 avançam após o anúncio, estimulados pelos planos do Federal Reserve de comprar US$ 40 bilhões em títulos do Tesouro nos próximos 30 dias. Também vimos menos dissidências do que o previsto — apenas três membros do comitê votaram contra, enquanto o consenso era de cinco.
No entanto, vale destacar que agora se espera que o Fed faça apenas um corte de juros no próximo ano — menos do que os investidores desejavam. Isso ainda pode mudar, já que 2026 trará uma troca histórica de comando no banco central, mas o presidente Jerome Powell continuará à frente das três primeiras reuniões do FOMC em 2026.
Essa combinação, somada às opiniões divergentes dentro do comitê, adiciona uma nova dose de incerteza ao cenário macroeconômico. E, como qualquer investidor sabe, os mercados são alérgicos à incerteza. Isso limita qualquer movimento mais forte dos ativos de risco rumo ao fim do ano.
Na verdade, o anúncio de hoje não é suficiente para acionar um 'rali de Natal' para o Bitcoin, e eu não vejo outros catalisadores óbvios a partir de agora — a menos que o presidente Donald Trump faça algum anúncio inesperado. Mesmo assim, um dead cat bounce permanece plenamente possível, já que os ativos de risco tendem a reagir mais ao Fed do que a qualquer outra coisa.
Com novos cortes de juros fora do radar por algum tempo, a atenção agora se voltará para a liquidez e para a política do balanço do Fed no início de 2026. Porém, apesar da compra de T-bills anunciada hoje, o QE não virá até que algo comece a quebrar — e isso sempre significa mais volatilidade e potencial dor.
7h50
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quinta-feira, 11/12/2025, está cotado em R$ 495.214,28. O BTC não conseguiu imprimir uma forte alta após o corte de juros do FED e agora os touros lutam para manter US$ 90 mil como suporte.
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos oscilaram nesta quinta‑feira após dados corporativos negativos nos EUA, com as ações da Oracle recuando mais de 11% após resultados decepcionantes, o que estendeu a queda dos futuros do Nasdaq e S&P 500.
Ao mesmo tempo, o Federal Reserve reduziu a taxa de juros em 25 bps como amplamente esperado e anunciou que começará a comprar títulos de curto prazo para apoiar a liquidez. O dólar enfraqueceu e os rendimentos de Treasuries recuaram, com o euro avançando acima de US$ 1,17, enquanto o mercado aguarda o próximo conjunto de dados que influenciará as expectativas de cortes adicionais no ciclo de juros de 2026.
Já o Bitcoin cotado em aproximadamente US$ 90.200, tem uma expectativa de curto prazo neutra a moderadamente positiva. O corte de juros pelo Federal Reserve e o enfraquecimento do dólar reduzem o custo de oportunidade de ativos de risco e podem atrair fluxo de curto prazo para criptoativos como o BTC.
Ainda assim, os resultados corporativos fracos (como os da Oracle) introduzem pressão no sentimento de risco, o que pode limitar um rali mais amplo. Esse contexto sugere que o Bitcoin tem espaço para consolidar ou testar resistências imediatas com viés altista, mas com volatilidade ampliada pela incerteza macro e pelo fluxo de notícias corporativas.
Bitcoin análise técnica
Apesar da reação fraca nos preços, os ETFs à vista continuaram a mostrar força. Os fundos de Bitcoin registraram US$ 224 milhões em entradas, enquanto os ETFs de Ether somaram US$ 58 milhões. XRP e Solana também avançaram, com US$ 15 milhões combinados em fluxos positivos. Mesmo assim, a pressão vendedora dominou a sessão.
“O padrão intradiário conta toda a história. Houve um pico rápido após o anúncio, mas a reversão mostra que a convicção ainda está frágil”, afirmou Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN. Para ele, a liquidez está voltando, mas a disposição para assumir risco permanece limitada.
No ambiente macroeconômico, o Fed anunciou que iniciará compras diárias de US$ 40 bilhões em T-bills a partir desta quinta-feira, medida considerada pró-liquidez. No entanto, a comunicação ambígua do banco central manteve o mercado em alerta. “A mensagem é clara: o Fed está comprando tempo. Não entregou um caminho fácil para ativos de risco”, disse Misir.
Nos gráficos, o impacto foi imediato. O Bitcoin oscilou fortemente e abriu o dia em queda, enquanto o Ether recuou para US$ 3.200. A BNB operou perto de US$ 870, e Solana negociou ao redor de US$ 131, mostrando fraqueza semelhante.
Os indicadores on-chain, porém, contam outra história. As carteiras classificadas como smart money, que possuem entre 10 e 10 mil BTC, acumularam 42.565 BTC desde 1º de dezembro. Já os investidores de curto prazo continuam reduzindo suas posições, o que cria pressão no curto prazo, mas sinaliza redistribuição para mãos mais fortes.
“Estamos vendo um movimento típico de transição: varejo vende no medo, enquanto instituições compram nos recuos”, destacou Misir. Ele afirma que a combinação de ETF inflando posições e queda nas reservas das exchanges cria ambiente fértil para um fundo mais duradouro — desde que a demanda institucional continue crescendo.
Para Misir, o momento exige disciplina. “É hora de execução cuidadosa. Preservar caixa, reduzir alavancagem e adicionar exposição em BTC e ETH apenas em retomadas claras acima de US$ 95 mil ou diante de fluxos consistentes nos ETFs”, afirmou.
Apesar do clima de cautela, Alex Adler Jr, analista da CryptoQuant, destaca que o mercado de futuros começa a dar sinais de uma alívio na lateralização.
“Quero destacar mais uma vez: no mercado futuro, existe uma chance real de aliviar a pressão de baixa que persiste desde 17 de novembro”, disse.
Portanto, o preço do Bitcoin em 11 de dezembro de 2025 é de R$ 495.214,28 . Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0019 BTC e R$ 1 compram 0,0000019 BTC.
As criptomoedas que estão registrando as maiores altas no dia 11 de dezembro de 2025, são: Memecore (M), Monero (XMR) e MYX Finance (MYX), com altas de 3%, 2% e 1% respectivamente.
As criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 11 de dezembro de 2025, são: Pudgy Penguins (PENGU), ether.fi (ETHFI) e Cardano (ADA), com quedas de -11%, -10% e -9% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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