O mercado de criptomoedas avançava a um market cap de US$ 3,95 trilhões (+1,5%) na manhã desta segunda-feira (28), ocasião em que o Bitcoin (BTC) era transferido por US$ 119 mil (+0,8%) com dominância de mercado recuada a 60%, sentimento de ganância dos investidores (67%) e as altcoins avançadas em até 110%.
O deslocamento ascendente do Bitcoin se associava ao otimismo de bolsas europeias e asiáticas com as últimas movimentações relacionadas a tarifas alfandegárias, encampadas desde janeiro pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O que pode resultar em nova máxima do BTC e de índices acionários associados ao desempenho do benchmark cripto, como o S&P 500 e o Nasdaq, encerrados na última sexta-feira (25) em respectivos 6.388,64 (+0,40%) e 21.108,32 pontos (+0,24%).
No último domingo, (27), o republicano e a presidente da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen, encontraram-se na Escócia, onde fecharam um acordo de redução de 30% para 15% na cobrança tarifária por produtos fabricados pelo bloco aos EUA.
O acordo de hoje cria certeza em tempos incertos, proporciona estabilidade e previsibilidade, disse von der Leyen.
A tratativa, que não inclui a sobretaxa de 50% para o alumínio e o aço, prevê ainda um investimento de US$ 600 bilhões do bloco nos EUA, além da promessa de novas negociações, relacionadas à compra de energia e equipamentos militares dos EUA. O que deve reduzir o déficit comercial dos EUA em relação ao bloco, de US$ 235 bilhões no ano passado.
Em relação à China, a trégua tarifária foi prorrogada por mais três meses, segundo uma reportagem dessa segunda do jornal South China Morning Post, já que o prazo venceria em 12 de agosto.
No rol dos possíveis catalisadores de volatilidade para o mercado de criptomoedas esta semana estão a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) na próxima quarta-feira (30), quando o comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed) decide sobre a manutenção ou não da taxa básica de juros anual praticada pela autoridade monetária; a divulgação das folhas de pagamento não agrícolas (payroll) de junho e o índice de gastos de consumos pessoa (PCE) nos EUA.
O VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, encontrava-se a 15,19 pontos (-1,3%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses de Bitcoin e de Ethereum (ETH) mantiveram pressão compradora e fecharam com respectivas entradas líquidas de US$ 130,69 milhões e US$ 452,72 milhões na sexta-feira, segundo dados da plataforma SoSoValue.
Por sua vez, o monitoramento da plataforma referente às tesourarias de Bitcoin apresentava um acumulado semanal de 5.006,28 Bitcoins até essa segunda pelas 23 companhias não mineradoras e com mais de 100 BTC, cujo total chegou a US$ 81,66 bilhões pelo preço da criptomoedas no momento desta edição.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado de altcoins, encontrava-se ligeiramente recuado, de 43 para 42 pontos. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o CRV era trocado por US$ 1,01 (-4,9%), o AVAX avançava a US$ 27,22 (+9,2%), o LDO representava US$ 1,18 (+9%), o PENDLE era trocado por US$ 4,70 (+7,8%), o PYTH se convertia em US$ 0,14 (+7,3%), o BNB era transacionado por US$ 851,81 (+7,2%), o INJ se equiparava a US$ 16,10 (+6,5%), o FET valia US$ 0,77 (+6,3%) e o WIF respondia por US$ 1,14 (+6%).
Quanto às altas de dois a três dígitos percentuais, o CAKE estava precificado em US$ 3,22 (+15,4%), o OP orbitava US$ 0,82 (+14,5%), o ENA se equiparava a US$ 0,67 (+10,5%), o ORDI chegava a US$ 11,96 (+15,5%), o VINE chegava a US$ 0,16 (+110%) com acumulado semanal de 272%, o KTA alcançava US$ 1,04 (+12,9%), o KNC estava precificado em US$ 0,56 (+30,2%), o CROSS se convertia em US$ 0,33 (+14,3%), o CAT estava cotado a US$ 0,000012 (+48,7%) e o XION estava precificado em US$ 1,46 (+37,5%).
Entre as novas listagens estavam TAG e LN na Phemex, URANUS na Kucoin, AOL na LBank, NERO na Gate.io e Bitget, OP na Upbit, ZORA na Poloniex.
Na semana anterior, a reserva de Bitcoin nas exchanges desabou em meio a compra da ‘pechincha das criptomoedas’, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.