Resumo da notícia:
Em cenário de despejo, Bitcoin não consegue aproveitar rali do S&P 500, mas sustenta suporte para nova alta.
Fed pode se transformar em catalisador de alta, ou banho de sangue, esta semana.
Pressão de venda das criptomoedas aumenta, apesar do otimismo de ETFs de Bitcoin e de Ethereum.
O mercado de criptomoedas respondia por um market cap de US$ 2,86 trilhões (-0,7%) na manhã desta terça-feira (28), com o Bitcoin (BTC) na faixa de US$ 115,5 mil (-0,6%), dominância a 59,1%, neutralidade dos investidores (42%) e a maioria das altcoins recuadas.
A saída de capital líquido e o aumento da pressão de venda apontavam dissociação entre o mercado cripto e os novos recordes de índices acionários como S&P 500 e Nasdaq, historicamente associados ao desempenho do BTC, encerrados em respectivos 6.875,16 (+1,23%) e 23.637,46 pontos (+1,86%), no pregão do dia anterior.
A pernada de alta acionária ocorria na esteira de narrativas também favoráveis ao BTC, que nos últimos dias sofreu com o despejo de baleias em posições alavancadas de venda a descoberto (short), apesar de o rei das criptomoedas ter zonas de consolidação em US$ 113,5 mil e US$ 110 mil, de acordo com o que observou o especialista em criptomoedas Ted Pillows.
$BTC bounced back from its $113,500 support zone.
— Ted (@TedPillows) October 28, 2025
As long as Bitcoin holds this, we are going higher.
If BTC loses this level, expect a correction towards the $110,000 level. pic.twitter.com/gdeRaUinuG
A ampliação do apetite ao risco, pouco aproveitada no dia anterior pelo mercado cripto, tem entre seus catalisadores o início da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que pode decidir pelo corte na taxa básica anual de juros na próxima quarta-feira (29), após o segundo dia de reunião do colegiado decisório de política monetária do Federal Reserve (Fed).
No plano macroeconômico, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou na última segunda-feira (27) que está otimista por um acordo sobre terras raras importadas da China. O que pode acontecer na Coreia do Sul próxima quinta-feira (30), quando está programada uma reunião entre o chefe da Casa Branca e o líder da China, Xi Jinping. Nessa direção, Trump e a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, fecharam um acordo nessa terça-feira envolvendo o fornecimento de minerais críticos e terras raras, necessários, por exemplo, à fabricação de carros elétricos.
O VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, encontrava-se recuado a 15,88 pontos (-3%). Os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin em Ethereum (ETH) registraram respectivas entradas líquidas de US$ 149,30 milhões e US$ 133,91 milhões, segundo dados da SoSoValue.
O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava baixa a US$ 167,33 bilhões (-0,1%) no Interesse Aberto e retração a US$ 279,38 bilhões (-5,1%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas recuava a US$ 296 milhões (-43,8%) com desvantagem para os touros, já que a liquidação de posições compradas (longs) chegaram a US$ 191,5 milhões ante US$ 77,5 milhões em posições vendidas (shorts).
A 48,63 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas indicava o aumento da pressão de venda em relação ao dia anterior. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como HBAR, PUMP, BCH, XRP, JUP, ALCH, HIPPO, OL, PHB, KERNEL, RECALL, PUFFER, TRUMP, SOL. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como PAXG (stablecoin lastreada no ouro), TRX, COAI, ZORA, ASTER, MERL, FF, OM, PROVE, ZBT, OG, HANA, DRIFI, MON, ON, BLUEAI.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, mantinha-se a 28 pontos. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o ZEC recuava a US$ 325 (-8,9%), o DASH estava cotado a US$ 48,67 (-6,9%), o DEXE era negociado a US$ 6,76 (-7,4%), o PI valia US$ 0,23 (-5,8%), o PUMP saltava a US$ 0,0050 (+9,9%), o VIRTUAL ascendia a US$ 1,57 (+8,5%), o M era trocado por US$ 2,22 (+8,3%), o LEO representava US$ 9,43 (+5,2%) e o TON era trocado por US$ 2,28 (+3,1%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o HBAR era transacionado por US$ 0,20 (+14,4%), o TRUMP correspondia a US$ 6,94 (+12%), o TAO era negociado por US$ 442,73 (+10%), o BURN estava precificado em US$ 5,87 (+29,1%), o ANYONE valia US$ 0,60 (+29%), o MELANIA representava US$ 0,12 (+24,7%), o RIVER estava cotado a US$ 8,20 (+18,5%), o APEPE se nivelava por US$ 0,0000025 (+18,4%), o LOOK estava avaliado em US$ 0,060 (+18,4%) e o KERNEL era transacionado por US$ 0,19 (+16,3%).
Entre as novas listagens estavam SWTCH, COMMON, CHILLHOUSE na CoinEx, ZARD na LBank, RECALL na Bitrue, VULT na Kraken, IAG, EAT e PIGGY na Kucoin, ON e APR na Poloniex, 2Z na Bitkub, BOMET na AscendEX, ASETQU na Indodax, ZARA ROME e PIGGY na MEXC e CLANKER na Bitget Futuros.
No dia anterior, as criptomoedas avançaram com um olho do Bitcoin no Fed e outro em Trump, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.