A Justiça de São Paulo decretou na última segunda-feira, 10, o bloqueio das contas do atacante Willian, atualmente no Athletico-PR e ex-jogador do Pameiras, após um pedido do advogado do lateral-direito Mayke que processa seu ex-companheiro de clube após perder dinheiro em empresa indicada por William.

A Xland, empresa alvo da disputa judicial, é acusada de ser um golpe que usou criptomoedas para enganar as pessoas prometendo alta rentabilidade no mercado de criptoativos.

Segundo o processo, Mayke e sua esposa Rayanne teriam investido R$ 4.583.789,31. Durante um período quase 18 meses, foi prometido um rendimento de R$ 3.250.443,30, valor que o jogador pediu o resgate em outubro e não recebeu. Depois, soube que não conseguiria retirar, também, os R$ 4,5 milhões que aportou inicialmente. A soma destas quantias dá os R$ 7,8 milhões que ele pede no processo.

Mayke cobra o recebimento de R$ 7,8 milhões, valor que foi estipulado pela Justiça como alvo de bloqueio por meio das contas de Willian e mais três pessoas citadas no processo. Gustavo Scarpa, hoje no Nottingham Forest, e Mayke investiram na empresa após recomendação de Willian.

Suposto golpe com criptomoedas

A defesa de Willian tentou reverter a decisão, como ocorreu em março após solicitação feita por Gustavo Scarpa, que também processa a Xland, mas o pedido desta vez não foi atendido pela Justiça de São Paulo. Os advogados de Willian emitiram nota manifestando "absoluta discordância do teor da decisão" e afirmaram que vão adotar "medidas cabíveis".

O atacante, que atuou com a dupla no Palmeiras, já afirmou não ter tido nenhum benefício sobre os valores aportados pelos ex-companheiros. Ele alega também ser vítima e ter perdido cerca de R$ 17,5 milhões.

"Oportunidade que manifesta absoluta discordância do teor da decisão, face a ausência de responsabilidade da WLJC, do Sr. Willian Gomes de Siqueira e demais sócios acerca dos prejuízos causados pela Xland Holding Ltda.", diz a nota divulgada pela defesa de Willian.

A defesa ainda ressalta que a decisão é precária e prematura e que adotará as medidas cabíveis para buscar a reforma da decisão junto à instância superior. Por fim, reitera a convicção da ausência de qualquer responsabilidade jurídica do Sr. Willian Gomes de Siqueira, da WLJC e seus demais sócios no que se refere a qualquer prejuízo causado pela Xland Holding Ltda.

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