O mercado de criptomoedas no Brasil está com diversas novidades pós-halving, entre elas, a chegada da criptomoeda (stablecoin) do PayPal no Brasil com a listagem da Ripio. O PYUSD, emitido pela Paxos, é uma criptomoeda totalmente lastreada ao dólar americano, criada para promover a inclusão financeira e projetada para o futuro do movimento do dinheiro.

“Criar acesso a stablecoins como o PayPal USD é fundamental para a adoção da blockchain e do ecossistema cripto na América Latina. As stablecoins são uma maneira mais segura e econômica de enviar dinheiro ao redor do mundo e tornar moedas como o dólar americano mais acessíveis. Esses são elementos cruciais para aprimorar o bem-estar financeiro de nossos usuários", afirmou Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio.

Para impulsionar o uso do PYUSD, a Ripio está isentando usuários das taxas de negociação até 31 de dezembro de 2024, e está engajada em oferecer o benefício aos usuários do app da empresa.

Coinbase

A Coinbase anunciou que já beneficiou 40 mil brasileiros com R$ 7 milhões em recompensas de aprendizagem, como parte do programa #aprendaeGanheCripto. A campanha permite que usuários sejam recompensados em criptomoedas em troca do engajamento com conteúdos educativos sobre elas, e tem como objetivo fomentar a educação sobre criptoativos, fator fundamental para incentivar a adoção e o desenvolvimento de novos projetos.

Por meio da plataforma da Coinbase, os usuários têm acesso a vídeos curtos para aprender sobre diferentes criptomoedas e, em seguida, fazem quizzes para testar seu entendimento. Ao completar essa etapa com sucesso, recebem recompensas em criptomoedas diretamente em sua conta. As recompensas de aprendizagem estão disponíveis completando “missões” no app da Coinbase e “quests” na carteira da Coinbase Wallet.

Segundo a exchange, a iniciativa busca tornar o aprendizado sobre cripto não só informativo, mas também recompensador. O programa cobre diversas criptomoedas e entre alguns dos temas tratados estão Bitcoin, novas blockchains (VARA, ZETA, VECHAIN), NFTs, DeFi e contratos inteligentes. O valor oferecido por cada quiz pode variar e a expectativa é distribuir até R$200 milhões até o final de 2024 e atingir um milhão de usuários. 

“A educação sobre criptomoedas beneficia toda a cadeia. Às empresas, a educação incentiva a adoção por parte de novos clientes, enquanto para os usuários é uma ferramenta para que façam decisões financeiras seguras e conscientes. Já para desenvolvedores, os testes são importantes na validação de novos projetos. O conjunto desses fatores aumenta a confiança no setor, fator fundamental para que o mercado cripto se torne cada vez mais mainstream”, afirma Fábio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase.

Mercado Bitcoin

Quem também está com novidades é o Mercado Bitcoin que anunciou a listagem do token CORGIAI, um projeto comunitário que utiliza inteligência artificial (IA) com a finalidade de criar uma forte comunidade de entusiastas no ecossistema cripto. O ativo, ligado à iniciativa, foi criado para ser o principal token de comunidade dentro do ecossistema Cronos e é utilizado para staking e como meio de compra de serviços e produtos dentro da rede.

"A ideia do projeto é criar um espaço único onde os entusiastas podem tanto trabalhar duro quanto se divertir, usando a IA para desenvolver ferramentas que aprofundam as conexões dentro da comunidade. É um lugar desenvolvido para quem deseja unir tecnologia e comunidade e a listagem do token no MB permitirá que o projeto alcance um público ainda maior", diz Lucca Benedetti, responsável por listagens no MB.

Bitybank

Quem também está com listagem nova é a Bitybank que anunciou a adição de seis memecoins à sua plataforma, juntamente com outras cinco criptomoedas tradicionais. Entre as memecoins que serão incluídas na plataforma estão PEPE, SHIBA, BONK, BRETT, DEGEN e WIF.

A capitalização de mercado total das memecoins, de acordo com dados da CoinGecko, alcançou a impressionante cifra de US$ 60,93 bilhões, o que corresponde a aproximadamente 2,32% da capitalização total do mercado de criptomoedas. Este número é um indicativo de um aumento substancial de 176,9% em relação ao trimestre anterior, ultrapassando a capitalização de mercado de vários setores com envolvimento institucional. 

Segundo Israel Buzaym, diretor de comunicação e especialista cripto do Bitybank, o evento foi nomeado "Festival das Memecoins" para destacar a disponibilização simultânea de seis das principais moedas-meme que a instituição considera promissoras para seus clientes.

“Chamamos de Festival das Memecoins, porque disponibilizamos de uma só vez esses seis principais ativos que enxergamos como interessantes e com potencial para nossos clientes no aplicativo”, explica.

Marcella Zorzo

A advogada especialista em tokenização, coautora do livro “O Guia Jurídico da Tokenização”, Marcella Zorzo, anunciou que conseguiu realizar a primeira tokenização de um veículo no Brasil.

A solução foi desenvolvida pela empresa brasileira DATACURRENCY, cujo CEO é o advogado e programador especializado em DEFI, Fernando Lopes, que inicialmente falou sobre a validade jurídica do registro.

“Muito embora de acordo com o artigo 1267 do Código Civil a propriedade de bens móveis seja transferida pela tradição, contrariamente ao que ocorre no caso de bens imóveis à luz do artigo 1245, o registro prévio do negócio jurídico na blockchain pode ser de grande valia em inúmeros casos, seja para assegurar direitos, mas principalmente para criação de novos modelos de negócio, como o sistema de carro por assinatura com opção de compra”

Perguntado sobre a diferença entre o registro em blockchain pública e o “serviço de Transferência Digital de Veículos”, lançado em março deste ano pelo governo de São Paulo, que usa blockchain, ele explica: 

“São questões totalmente diversas. Primeiro, o registro no Detran constitui mera formalidade administrativa, conforme jurisprudência consolidada no STJ. Segundo, embora as informações registradas na blockchain de redes privadas possam estar mais seguras do que em sistemas que não utilizam blockchain, elas podem ser alteradas, não apresentando a mesma garantia de imutabilidade das redes públicas.

Terceiro, as redes públicas possuem interoperabilidade com o comércio eletrônico internacional, sendo possível a realização, em segundos, de um negócio jurídico direto entre um chinês e um brasileiro, mediante uso de stablecoins, por exemplo.

Quarto, a possibilidade de negociação direta significa a eliminação dos intermediários, principal objetivo de criação da blockchain, o que não ocorre nas redes privadas de caráter centralizado. Enfim, mas não apenas, os custos no uso de blockchains públicas são muito mais reduzidos”, disse.

Os interessados na iniciativa podem conferir o registro de transferência do token para um smart contract capaz de vender frações de direitos sobre o veículo no link e os metadados do NFT com detalhes jurídicos em registro distribuído no seguinte link.

DUX

Outra novidade é da DUX que esteve presente em dois dos maiores eventos de tecnologia descentralizada e criatividade do mundo. O ETH Dubai Conference, conferência sobre Ethereum, DeFi, NFT, Gaming com foco na descentralização de projetos comunitários, que aconteceu nos dias 20 e 21 de abril, em Dubai, nos Emirados Árabes, e o evento global Outer Edge, focado em criatividade e tecnologia, que ocorre em Riad, capital da Arábia Saudita, no dia 23 de abril.

De olho nas principais tendências do mercado de Web3, o fundador e CEO da DUX Luiz Octávio Gonçalves Neto, juntamente com o CMO da empresa, João Pedro Novochadlo, participarão destes que são dois dos principais eventos globais do setor.

O objetivo da participação é aprimorar possibilidades de utilização de tecnologias descentralizadas no Brasil bem como contribuir para a discussão global sobre o tema, levando para o mercado internacional as práticas nacionais relacionadas à Web3. Durante a participação, a DUX pretende também estreitar o seu networking com importantes nomes do mercado e investidores da região.

A DUX estará no evento em parceria com a investidora de Hong Kong Animoca Brands - empresa que tem em seu portifólio os jogos The Sandbox e Axie Infinity, além da plataforma responsável pelos NFTs de cards colecionáveis da NBA Top Shot, a Dapper Labs. Grandes incentivadores das tecnologias de Web3, NFT e do metaverso, a Animoca Brands tem longa história com a DUX, tendo investido R$ 3 milhões na startup em 2022, sendo a primeira marca brasileira a receber aporte.

Z.ro Bank

O Z.ro Bank anunciou que acaba de contratar a KPMG para auditar suas demonstrações financeiras. Em 2023, a empresa superou a barreira dos R$ 22,5 bilhões em transações, aumentando em 1.200% sua receita líquida, se consolidando, assim, como provedora de tecnologia proprietária para pagamentos.

De acordo com Fábio Pires, CFO do Z.ro Bank, a iniciativa de contratar uma das maiores auditorias do mercado, integrante das chamadas ‘Big Four’, está atrelada diretamente ao pilar estratégico de governança corporativa.

“Somos uma empresa jovem, nascida em 2020, e, há 18 meses, concluímos uma pivotagem que fez nosso negócio escalar. Isso traz novas responsabilidades”, conta Pires. “Apesar de sermos ‘jovens’, temos um alto grau de maturidade. E trazer a KPMG mostra o nosso compromisso com a transparência que temos com nossos clientes, nossos funcionários e o mercado de forma geral”, ressalta.

Chiliz

A UAE Pro League, principal liga de futebol profissional dos Emirados Árabes Unidos, anunciou parceria com a Chiliz para impulsionar a presença internacional da liga por meio de tecnologias web3 e aumentar o envolvimento com fãs.

Durante a primeira fase do acordo, em que ambas as partes explorarão uma ampla gama de aplicações, a Chiliz e a UAE Pro League desenvolverão um jogo de futebol fantasy baseado na web3, aproveitando a tecnologia blockchain para oferecer uma experiência única e envolvente aos fãs globalmente.

Além disso, os torcedores terão a oportunidade de resgatar bolas usadas em jogos da liga que estarão autenticadas por blockchain. Detalhes sobre como esses itens serão distribuídos serão divulgados em breve pelas duas partes, com planos para garantir acesso justo e equitativo aos fãs de todo o mundo.

“Estamos muito animados com a parceria com a Chiliz pois temos o objetivo de trazer tecnologias web3 inovadoras aos nossos fãs”, disse Waleed Ebrahim Alhosani, CEO da UAE Pro League.