O mercado de criptomoedas no Brasil está repleto de novidades nesta semana. A primeira delas é do Mercado Bitcoin, que anunciou a listagem do token HONEY, ativo da rede de mapeamento global Hivemapper, uma rede de mapeamento global descentralizada.

HONEY é usado para recompensar os contribuidores de dados de mapa, que incluem imagens de ruas, tarefas de treinamento de IA e edição de dados. Lançado em novembro de 2022, o Hivemapper usa um modelo de incentivos chamado ‘Drive-to-Earn’, no qual os participantes ganham recompensas por capturar imagens de rua usando câmeras de carro (dashcams).

O Hivemapper é um projeto DePIN (Decentralized Physical Infrastructure Network), que oferece infraestrutura física para a solução de problemas do mundo real por meio do blockchain. O projeto foi desenvolvido utilizando a plataforma de contratos inteligentes Solana e usa sua rede como base para o projeto.

As soluções do projeto incluem: mapas para carros autônomos, redução de custos para empresas, cobertura e atualização constante, compensação por dados gerados pelo usuário, abordagem descentralizada e baseada em recompensas, além de suporte e desenvolvimento comunitário.

“Diferentemente do que muitos pensam, a tokenização é uma inovação que pode ser usada para resolver problemas complexos do mundo real. O Hivemapper é um exemplo de como a tokenização pode ser usada para facilitar a vida das pessoas”, diz Fabrício Tota, diretor de Novos Negócios do MB.

Kanna

Outra novidade é da Kanna que lançou em dezembro de 2023 sua plataforma de auditoria e fornecerá até R$ 150 em tokens KNN além de 1 NFT exclusivo para os participantes, validadores dos cultivos listados pela startup.

Para auditar o processo, os interessados devem acessar a plataforma da Kanna e acessar todos os processos de auditoria disponíveis. Nesta etapa, o participante pode escolher qual parceiro deseja auditar, quanto maior o número de participações em projetos, maior a recompensa.

Para garantir a integridade e confiabilidade do processo de auditoria, é crucial que os membros congelem seus tokens KNN em um stake pool. Esse mecanismo atua como uma proteção contra fraudes ou manipulações.

Segundo os desenvolvedores, não é necessário ter expertise técnica. Uma análise cuidadosa dos documentos e informações fornecidas servem para responder algumas perguntas relacionadas ao cultivo. Cada resposta correta aumenta a recompensa. Após a conclusão do processo, cada auditor poderá resgatar os tokens que aplicou, além de da recompensa pela participação.

Chiliz

O Grupo Chiliz anunciou no início de janeiro a integração do inovador protocolo Rarible com a Chiliz Chain, apontando para uma nova era dos mercados de NFT e colecionáveis digitais. 

Desenvolvedores podem agora usar o protocolo Rarible para construir um marketplace personalizado de NFTs dentro da Chiliz Chain. Além disso, dApps de SportFi, carteiras e outros marketplaces terão acesso em tempo real aos dados de propriedade e proveniência, fortalecendo a experiência do usuário.

FitBank

O FitBank e a goBlockchain anunciam uma parceria estratégica destinada à tokenização de ativos financeiros e projetos estruturados. Com a parceria, o FitBank faz sua estreia na área de cryptotech e a goBlockchain fortalece sua presença em soluções relacionadas ao setor financeiro tradicional.

“Começaremos lançando soluções em conjunto com a interconexão do mundo financeiro tradicional em reais no Brasil com soluções de tokenização em crypto tech e, em seguida, pretendemos avançar para outros casos no Brasil e replicar esse modelo para países onde já temos presença”, diz Herbert Moller, Chief Revenue Officer do FitBank. 

Tero Carbon

A certificadora amazônica de créditos de carbono Tero Carbon ficou na primeira colocação na disputa “Start.up!Germany Tour 2024”, promovida pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo), na semana passada. Com isso, a empresa representará o Brasil no evento, que objetiva estreitar as relações entre startups internacionais e a região alemã de North Rine-Westphalia (NWR), a mais populosa do país.

O CEO da Tero Carbon, Francisco Higuchi, ressalta que a participação no Start.up!Germany Tour 2024 será muito importante para a validação internacional do negócio.

“Hoje, os maiores compradores de créditos de carbono estão em países desenvolvidos. Por isso, o reconhecimento e a visibilidade internacional são imprescindíveis. Será possível mostrar a qualidade do trabalho e reforçar a nossa autoridade como fornecedora de créditos de carbono para o mercado global”, disse.

A Tero Carbon é uma certificadora digital de créditos de carbono, que utiliza metodologias exclusivas para os projetos de biomas brasileiros. A certificação é realizada para atestar o potencial de determinada área para remoção ou redução de CO2 (dióxido de carbono), um dos gases causadores do efeito estufa. Por meio de sua plataforma digital e utilizando a tecnologia blockchain, a empresa confere segurança, confiabilidade e rastreabilidade aos ativos ambientais certificados.

Hamsa

A Hamsa, líder global em tokenização de dados com US$ 3,2 bilhões em ativos do mundo real tokenizados, e Matera anunciam uma parceria estratégica para oferecer uma solução de plataforma moderna para viabilizar transações DREX. 

Com essa nova tecnologia, o conceito de "dinheiro programável" pode gerar novas oportunidades e rotinas operacionais nas instituições já existentes e abrir novas ofertas de produtos e serviços. O objetivo é que, a partir da expertise de ambas as empresas, novas soluções de interoperabilidade e produtos possam ser exploradas.

"Ao combinar nossa experiência com a expertise da Matera, estabeleceremos um novo padrão de excelência no setor bancário. Essa parceria, sem dúvida, gerará resultados significativos para o setor financeiro no Brasil", afirma Henrique Teixeira, Diretor Geral da Hamsa para a América Latina.

Visa

Fechando as novidades, a Visa, anunciou uma parceria com o Ouribank para simplificar movimentações financeiras internacionais no segmento B2B. Por meio da rede Visa Direct, o banco passará a oferecer à sua carteira de clientes uma solução voltada para o pagamento de altos valores ao exterior de maneira rápida, segura e 100% digital.

Com isso, empresas que realizam transações em outros países, como aquelas ligadas aos setores de comércio exterior, bens de serviços e fintechs, por exemplo, poderão reduzir a burocracia e o tempo de processamento e compensação de invoices, conferindo, assim, agilidade aos seus negócios.

“Na Visa, trabalhamos para ser a rede das redes, um hub universal que faz com que qualquer transação possa começar em uma rede e terminar em outra, fazendo a conexão para agregar uma série de serviços no processo.

As remessas internacionais entre empresas são um fluxo de fundos que nem sempre encontram a celeridade compatível com a era digital, uma vez que tais pagamentos, muitas vezes, precisam passar por fases de compensação não tão ágeis”, afirma Fernando Amaral, vice-presidente de Soluções e Inovação da Visa no Brasil.