O ecossistema cripto brasileiro vive uma fase de expansão acelerada, com iniciativas que vão da profissionalização técnica à transformação cultural. A BlinkPlanet promoveu em junho ações em São Paulo e Nova York para democratizar o acesso à tokenização.
Em parceria com o TokenNation, realizou a Arena “Upcoming Artists SP”, premiando artistas como FranciscoSkt e Danda, agora classificados para o GoldenSock, competição internacional com R$ 2 milhões em prêmios.
Na área educacional, o país receberá pela primeira vez o Core Program da Ethereum Foundation, com foco em criptografia avançada como ZKP e MPC. Organizado pela ERC55, o curso gratuito terá seis semanas de duração e encontros presenciais em São Paulo, reunindo até 15 profissionais com experiência em programação.
Paralelamente, a Fuel Network anunciou o “Fuel Forge I”, programa de residência com tudo pago na Costa Rica, para desenvolvedores interessados em criar aplicações blockchain de alto desempenho. Com apoio da comunidade brasileira e da Infinity Base, o programa quer transformar ideias em produtos reais e globais.
Já no campo da profissionalização, a ANCORD incorporou a Certificação de Criptoativos (CCA) ao seu Programa de Educação Continuada, em parceria com a BlockTrends. A movimentação educacional se soma a inovações como a parceria entre a Polkadot e a mufi, que busca reumanizar a música ao vivo com blockchain, e a estreia da Bitget Wallet em pagamentos com QR nacional no Vietnã.
BlinkPlanet e arte digital
A BlinkPlanet adota um movimento global para tornar as NFTs mais acessíveis a artistas emergentes. Em São Paulo, a plataforma se uniu ao TokenNation para criar a Arena “Upcoming Artists SP”, onde artistas produziram obras ao vivo com o tema arte urbana. Os melhores trabalhos receberam prêmios em dinheiro e participação no desafio internacional GoldenSock.
As obras vencedoras destacaram diversidade e inovação. FranciscoSkt levou o primeiro lugar com "HYAKU-EN", seguido por Danda com "Windows of the City", e Deia Guandaline com "Kemetic Cria". Os três artistas agora competem por US$ 365 mil em prêmios no desafio global, que será anunciado nas redes da BlinkPlanet.
Além da atuação no Brasil, a BlinkPlanet se prepara para apresentar seu pitch no NFT.NYC, em Nova York. A empresa busca consolidar sua imagem global e reforçar sua missão de conectar arte, tecnologia e acessibilidade por meio da Web3, segundo o líder de Growth, Henrique Belumat.
Ethereum Foundation
A ERC55 lançou no Brasil o Core Program 2025, iniciativa da Ethereum Foundation voltada ao ensino de criptografia avançada como ZKP, FHE e MPC. Gratuito e intensivo, o programa terá duração de seis semanas, com encontros presenciais em São Paulo e sessões online.
O curso visa selecionar entre 12 e 15 profissionais com experiência em programação e interesse profundo em criptografia aplicada à blockchain. As inscrições estão abertas até o dia 5 de julho, com foco em formar uma comunidade técnica de ponta no país.
Fuel Network lança programa imersivo
A Fuel Network abriu inscrições para o Fuel Forge I, programa de residência para desenvolvedores que querem criar a nova geração de aplicações blockchain. O evento acontecerá em agosto, com todas as despesas pagas, incluindo passagens, hospedagem e alimentação.
O programa foca em fundadores e builders com ideias inovadoras, mesmo que ainda em estágio inicial. Durante três semanas na Costa Rica, os participantes terão mentorias intensas, sessões práticas com a linguagem Sway e contato direto com o time da Fuel.
Segundo a equipe da Fuel Brasil, o objetivo é revelar projetos com potencial global e uso intensivo da infraestrutura da Fuel, como jogos em tempo real e exchanges descentralizadas com experiência Web2. A comunidade brasileira está mobilizada para garantir presença no evento.
ANCORD amplia formação em criptoativos
A ANCORD, principal entidade certificadora do mercado de capitais, integrou a Certificação de Criptoativos (CCA) ao seu Programa de Educação Continuada.
A iniciativa marca o primeiro ano da certificação em parceria com a BlockTrends, edtech da QR Capital, e agora expande o acesso ao público geral. Antes voltado a assessores, o curso passa a atender também o varejo.
O programa oferece mais de 50 horas de conteúdo, divididas em quatro módulos que abordam desde o básico de blockchain até questões legais e tributárias.
Com provas intermediárias, material de apoio, lives e uma prova final aplicada pela FGV, os alunos aprovados recebem o título de Especialista em Criptoativos. O valor total é de R$ 2.921,25, com desconto para assessores.
Segundo Herminio Sotero, CEO da QR Capital, a certificação representa um avanço na profissionalização do setor. Já Orlando Jr., da ANCORD, destaca a importância da educação qualificada para acompanhar o crescimento acelerado do mercado, que já conta com 25 milhões de usuários no Brasil, de acordo com o Datafolha.
Polkadot e mufi unem blockchain e música
A Polkadot se uniu à startup mufi para integrar blockchain à indústria da música. A parceria faz parte da iniciativa PMEI, que busca transformar eventos musicais em experiências imersivas com tecnologia Web3. O projeto será testado ao vivo nos eventos da marca {bash}, com apoio de empresas como Beatport.io e Billfold.
Segundo Spencer Zabiela, CEO da mufi, a ideia é usar a tecnologia para restaurar a autenticidade na música, priorizando conexões humanas em vez de métricas digitais. Com a infraestrutura da Polkadot, a parceria pretende resolver desafios do setor, como bilhetagem opaca e falta de dados soberanos para artistas.
Além de testar novas ferramentas em tempo real, o projeto visa criar uma comunidade mais sustentável e inclusiva.
Bitget Wallet transforma criptomoedas em meio de pagamento
A Bitget Wallet lançou suporte a pagamentos com QR Code nacional no Vietnã, tornando-se a primeira carteira cripto autocustodial com essa integração. A iniciativa faz parte do programa global PayFi, que visa permitir transações com stablecoins diretamente em estabelecimentos físicos e digitais, sem a necessidade de converter para moeda fiduciária.
Usuários da carteira podem pagar com USDT e USDC em redes como Ethereum, Solana, Tron e BNB Chain. Com auto-swap programado para breve, será possível usar qualquer token, simplificando ainda mais o pagamento. A funcionalidade já está disponível em mais de 2 milhões de estabelecimentos que aceitam o padrão VietQR.
A integração com a rede AEON permite compatibilidade com mais de 55 instituições financeiras. A Bitget também oferece cashback de 50% para os primeiros 50 mil usuários. Segundo Jamie Elkaleh, CMO da empresa, a meta é transformar criptomoedas em moedas utilizáveis no cotidiano, começando pelo Sudeste Asiático e com planos de expansão para América Latina.