Resumo da notícia
Brasil consolida protagonismo cripto em 2025.
Exchanges e ETFs ampliam presença nacional.
Eventos e mídia impulsionam adoção no país.
O mercado de criptomoedas apresentou grandes novidades nesta semana. A Bitget anunciou Ignacio Aguirre Franco como novo CMO e reforçou sua estratégia para integrar CeFi, DeFi e TradFi em um único ecossistema.
Ao mesmo tempo, o avanço das stablecoins inaugurou uma fase de câmbio totalmente programável, algo impossível nos sistemas bancários tradicionais. Grandes empresas brasileiras passaram a automatizar pagamentos internacionais com regras personalizadas, reduzindo custos e eliminando etapas manuais.
Além disso, a Polygon registrou resultados recordes no terceiro trimestre, com forte crescimento em transações, RWAs e pagamentos digitais. O volume de stablecoins superou US$ 198 bilhões, enquanto a rede manteve taxas baixas e ampliou sua presença corporativa com novas atualizações de infraestrutura.
Confira as novidades:
Blockchain Conference Brasil reúne gigantes do setor
A edição 2025 da Blockchain Conference Brasil (BCB) acontecerá nos dias 28 e 29 de novembro em São Paulo, reunindo líderes do poder público, indústria cripto, empresas globais e desenvolvedores. Entre os nomes confirmados estão Paolo Ardoino, CEO da Tether — empresa cuja avaliação chega a US$ 500 bilhões — além de representantes da Visa, Binance, BlackRock, B3 e Tools for Humanity.
A conferência terá debates sobre stablecoins, tokenização, privacidade digital e adoção institucional. A BlackRock abordará alocação de ativos digitais, enquanto a B3 apresentará dados do Relatório Anual de ETFs 2025, que aponta recorde de R$ 75 bilhões em patrimônio consolidado e 19 produtos ligados a cripto no mercado brasileiro. A Binance Research também apresentará suas novas tendências, como o avanço de tokens de pagamento e moedas de privacidade.
Patrocinada pela Truther e com suporte de grandes exchanges e empresas do ecossistema, a BCB enfatiza o papel do Brasil no cenário global de inovação. Segundo os organizadores, o evento funciona como vitrine para conectar tecnologia local a players mundiais, impulsionando investimentos e fortalecendo a construção de confiança digital em plena era da inteligência artificial.
Bitget nomeia Ignacio Aguirre Franco como CMO
A Bitget anunciou Ignacio Aguirre Franco como novo Chief Marketing Officer, reforçando sua estratégia global de marca e sua visão de Universal Exchange (UEX). O executivo chega com mais de 15 anos de experiência em tecnologia, fintech e blockchain, tendo atuado em empresas como Adobe, SAP, Scorechain e Xapo Bank.
Na nova função, Ignacio impulsionará o plano da Bitget de integrar CeFi, DeFi e TradFi em um único ecossistema acessível, liderando iniciativas para ampliar engajamento, comunicação de produtos e adoção de soluções como Onchain, GetAgent e Stock Futures. Ele afirma que seu foco será traduzir tecnologias complexas em mensagens simples e criar narrativas que conectem bilhões de pessoas ao futuro financeiro.
A nomeação ocorre em um momento de expansão global da Bitget, que busca alcançar 150 milhões de usuários até 2026 e consolidar sua reputação em inovação e segurança. Segundo a CEO Gracy Chen, Ignacio traz a combinação ideal de visão criativa e fluência técnica. A chegada do executivo coincide com o sétimo aniversário da empresa e sua crescente presença cultural em parcerias com LALIGA, MotoGP e o UNTOLD Festival.
Stablecoins inauguram era de câmbio programável
O uso de stablecoins está acelerando a automação de operações de câmbio e pagamentos internacionais. Em 2025, o mercado brasileiro movimentou R$ 74 bilhões em stablecoins lastreadas em dólar, segundo a Biscoint. Além de transações instantâneas, essas moedas permitem programar fluxos financeiros baseados em regras personalizadas, como executar pagamentos quando o dólar atinge determinado valor ou quando uma carga é recebida.
Segundo Sofia Düesberg, da Conduit, essa programabilidade reduz custos e elimina etapas manuais, algo ainda impossível em sistemas bancários tradicionais ou mesmo no PIX, que não vincula pagamentos a eventos específicos. As empresas passam a ter controle total sobre cada etapa e podem sincronizar dinheiro com operações logísticas, financeiras e corporativas.
Essa integração entre moedas digitais e sistemas empresariais cria um ambiente financeiro mais dinâmico, com liquidação instantânea, rastreabilidade total e previsibilidade operacional. Düesberg afirma que esse novo paradigma aumenta a eficiência e permite que empresas brasileiras se conectem ao fluxo global de forma mais ágil e autônoma.
Polygon registra recordes em stablecoins
A Polygon Labs encerrou o terceiro trimestre de 2025 com forte crescimento em adoção, pagamentos e atividade em ativos do mundo real (RWAs). A rede registrou 7,3 milhões de endereços ativos mensais, 590 mil usuários diários e 345 milhões de transações no período, mantendo taxas abaixo de 0,001 POL. O volume de stablecoins ultrapassou US$ 198 bilhões e o setor de pagamentos cresceu 50%, alcançando US$ 1,8 bilhão no trimestre.
Um relatório independente da Messari confirmou o desempenho robusto, destacando o crescimento de 39% na capitalização do token POL, o aumento de 13% nos usuários ativos e de 20% nas transações. O Chain GDP da rede subiu 22,9%, chegando a US$ 21,9 milhões, enquanto métricas como o App Revenue Capture Ratio registraram avanços expressivos, evidenciando a força econômica do ecossistema.
A Polygon também manteve sua liderança em RWAs, superando US$ 1,1 bilhão em ativos tokenizados. O trimestre trouxe avanços em infraestrutura — como o Bhilai Hardfork, Heimdall v2 e o update Rio — e novos produtos como o AggLayer CDK Enterprise, voltado a soluções corporativas. Segundo Thamilla Talarico, os resultados consolidam a Polygon como infraestrutura-chave para a nova economia digital.
CNN Brasil estreia “Cripto na Real”
A CNN Brasil lançará em 18 de novembro o programa “Cripto na Real”, exibido dentro do CNN Money e apresentado por Gabriel Monteiro. A nova atração tem linguagem acessível e foco em conteúdo de qualidade para explicar como o universo das criptomoedas afeta a economia real e cria novas oportunidades de negócios.
O programa irá ao ar todas as terças-feiras, às 19h, trazendo quadros, reportagens especiais e entrevistas com especialistas sobre temas como regulação, tributação, inovação e tendências do mercado cripto. A proposta é traduzir o avanço da tecnologia blockchain para o público geral, aproximando casos reais e os principais destaques da semana.
A estreia ocorre no mês de aniversário do CNN Money, que completa um ano com mais de 900 fontes entrevistadas e forte presença entre líderes empresariais e analistas. A emissora também prepara novos cenários e uma linguagem renovada para outros programas, fortalecendo sua cobertura econômica multiplataforma.
MEXC assume 2º lugar global em negociação à vista
A exchange MEXC conquistou o segundo lugar global no mercado de negociação à vista no terceiro trimestre de 2025, alcançando 8,93% de participação, segundo relatório da TokenInsight. A plataforma também entrou para o top 5 mundial em volume total de negociações, com 10,91% de market share, impulsionada pela recuperação do mercado cripto e pela volta dos investidores institucionais.
A TokenInsight destaca que a MEXC tem crescido de forma consistente por manter equilíbrio entre spot e derivativos, garantindo liquidez estável e execução rápida mesmo em períodos de alta volatilidade. O token nativo MX valorizou 11,89% no trimestre, superando o desempenho do Bitcoin, enquanto mais de 2,3 milhões de tokens foram queimados no período, reforçando seu modelo deflacionário.
O trimestre também mostrou forte expansão do mercado como um todo, com o volume das dez maiores exchanges atingindo US$ 28,3 trilhões. A previsão da TokenInsight é que 2025 siga consolidando grandes players, e a MEXC aparece bem posicionada por unir escala, estabilidade e uma estratégia sustentável de longo prazo.