Resumo da notícia
Criptoativos serão tema central no maior evento de câmbio do país.
El Dorado expande operação ao Brasil e integra Pix ao dólar digital.
Tokenização e novas listagens impulsionam avanço do mercado cripto.
Os criptoativos ganharam protagonismo nesta semana em diferentes frentes do mercado financeiro. O maior evento do setor de câmbio no Brasil, promovido pela Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), anunciou que pela primeira vez terá os ativos digitais como tema central.
O encontro, marcado para 11 de novembro em São Paulo, reunirá autoridades do Banco Central, grandes bancos, especialistas e líderes de exchanges para discutir o impacto das stablecoins, tokenização e digitalização sobre o câmbio e as finanças globais. A pauta reflete o movimento crescente de integração entre o sistema financeiro tradicional e o universo cripto.
Enquanto isso, a El Dorado P2P, superapp latino-americano especializado em stablecoins, anunciou sua expansão para o Brasil com a integração do Pix. A plataforma permite comprar, vender e transferir USDT (dólar digital) de forma instantânea e segura, unindo tecnologia blockchain à infraestrutura de pagamentos nacional.
A semana também foi marcada por novos movimentos no mercado global de exchanges. A CoinEx anunciou a listagem da XPL (Plasma) e a inclusão de pares como XAUT/USDC e XAUT/BTC, ampliando sua oferta de produtos e consolidando mais de 1.300 tokens listados em sua plataforma.
No campo da infraestrutura financeira, a Mannah apresentou resultados expressivos com sua plataforma de conciliação de crédito tokenizada, desenvolvida em parceria com a Hathor Network. A tecnologia reduziu 64% dos custos operacionais e multiplicou por cinco o volume conciliado — de R$ 19 milhões para R$ 95 milhões mensais —, mantendo o mesmo quadro de colaboradores.
Criptoativos entram no centro da pauta do maior evento do mercado de câmbio
Pela primeira vez, os criptoativos ocuparão o centro das discussões do maior encontro do setor de câmbio no Brasil, promovido pela Associação Brasileira de Câmbio (Abracam). O evento será realizado no próximo dia 11 de novembro, em São Paulo, e deve reunir autoridades do Banco Central, representantes de grandes bancos, especialistas em tributação e executivos de exchanges globais.
Segundo os organizadores, o encontro terá dois eixos principais. Um deles será dedicado ao debate regulatório e tributário. Estão na pauta a aplicação do projeto de lei 4.401/21 e as resoluções recentes do Banco Central que estabelecem parâmetros para a integração de ativos digitais. Também será discutida a tributação das operações com criptoativos, considerada um dos principais gargalos para a competitividade do Brasil no cenário global.
Outro foco é o compliance. Empresas de rastreamento de blockchain vão apresentar modelos de monitoramento e prevenção à lavagem de dinheiro, em linha com as exigências internacionais de transparência.
O segundo eixo será voltado às inovações tecnológicas. Entre os temas em destaque estão a economia global das stablecoins e o potencial da tokenização de ativos tradicionais para reduzir custos, aumentar liquidez e criar novos canais de receita para o setor financeiro.
Os impactos da digitalização sobre pagamentos internacionais também serão analisados. A expectativa é que startups e exchanges mostrem como a tecnologia pode ampliar a inclusão financeira e abrir espaço para pequenas e médias empresas em operações antes restritas a grandes corporações.
Para Kelly Gallego Massaro, presidente da Abracam, o movimento representa uma mudança de paradigma. “Estamos recebendo o debate sobre cripto dentro do câmbio justamente para criar pontos de conexão entre um mercado centenário e essa nova realidade digital. A ideia é construir intersecções responsáveis, com segurança jurídica e alinhadas às ações já realizadas. Assim, conseguimos evoluir naturalmente, garantindo um mercado sólido e seguro para toda a sociedade”, disse.
“Disruptivo” estreia em Balneário Camboriú
O lançamento do livro “Disruptivo”, da TeraHub, marcou um novo capítulo na integração entre literatura, tecnologia e inovação. O evento, realizado em Balneário Camboriú e transmitido pela Seven TV, reuniu empresários e escritores em uma celebração imersiva que combinou arte, robótica e experiências digitais.
Organizado por Marcella Zorzo, o livro reúne 34 empresários visionários que compartilham histórias de superação e mentalidade disruptiva, com prefácio de Luiza Helena Trajano. A obra é também o primeiro livro tokenizado do Brasil, unindo licenciamento intelectual à tecnologia blockchain e destacando o país como referência em inovação editorial.
O evento contou com performances artísticas, homenagens e a presença de patrocinadores e figuras de destaque como Lalalli Senna, reforçando a convergência entre arte, negócios e tecnologia. Mais do que uma obra literária, “Disruptivo” se consolida como um manifesto coletivo de transformação e liderança criativa.
Tokenização reduz custos
A Mannah apresentou uma plataforma que revoluciona a conciliação de crédito no Brasil. Baseada em tokenização e automação inteligente, a solução reduziu os custos operacionais em até 64% e aumentou o volume conciliado de R$ 19 milhões para R$ 95 milhões por mês, sem ampliar equipes.
Com contratos tokenizados na blockchain Hathor, a tecnologia elimina disputas jurídicas, erros e burocracias, tornando os documentos rastreáveis e auditáveis. Além de acelerar liquidações em até oito dias úteis, o modelo gera economias de capital significativas e reduz inconsistências de 12% para menos de 1%.
Após tokenizar R$ 1 bilhão em precatórios do Estado do Maranhão em 2023, a Mannah agora mira o mercado de crédito consignado e FIDCs, preparando a chegada dos TIDCs (Tokenized Investment Debt Certificates) — uma inovação que promete eficiência e transparência para todo o sistema financeiro brasileiro.
El Dorado integra Pix e expande operações no Brasil
A El Dorado P2P anunciou sua expansão para o Brasil com a integração do Pix ao seu ecossistema de pagamentos digitais. A plataforma permite comprar, vender e transferir o dólar digital USDT de forma instantânea e segura, com custódia garantida e conformidade regulatória. A empresa, fundada pelos venezuelanos Guillermo Goncalvez e Juan Carlos Andreu, já atua em sete países e ultrapassou 1 milhão de transações em seu primeiro ano.
O Brasil se tornou o principal mercado da El Dorado, refletindo o aumento da demanda por soluções financeiras que unam agilidade, proteção cambial e interoperabilidade. O app conecta mais de 70 aplicativos financeiros e 80 métodos de pagamento, incluindo Pix, Mercado Pago e Wise, permitindo transações instantâneas e remessas internacionais em até cinco minutos. Entre os usuários brasileiros, destacam-se migrantes e freelancers, que buscam alternativas mais baratas e rápidas para transferências e investimentos.
Com apoio da Coinbase Ventures e certificação como Provedor de Serviços de Ativos Virtuais (PSAV) na Argentina, a El Dorado prepara-se para atender à futura regulamentação brasileira. O próximo passo é o lançamento de contas virtuais em dólar, que permitirão a recebimento de pagamentos dos EUA diretamente no app. Disponível na Play Store e App Store, a plataforma busca consolidar-se como um hub financeiro digital para toda a América Latina, promovendo inclusão e liberdade econômica através das stablecoins.
CoinEx amplia listagens
A CoinEx anunciou a listagem da XPL (Plasma) no mercado spot (XPL/USDT), além de contratos lineares com alavancagem de até 20x e negociação em margem 3x. A plataforma também adicionou novos pares, como XAUT/USDC e XAUT/BTC, ampliando sua oferta de mercados e produtos para traders de todo o mundo.
Recentemente, a exchange incluiu outros ativos — 0G, HEMI e NOM —, fortalecendo sua carteira e oferecendo novas oportunidades de investimento com suporte a AMM, Spot Grid e Plano de Investimento Automático. Como parte de seu processo contínuo de revisão, a CoinEx também anunciou a remoção de contratos e pares menos líquidos, mantendo a qualidade e segurança das operações.