O presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Murilo Portugal, falou na última sexta-feira em evento da Fundação Fernando Henrique Cardoso e disse que as criptomoedas não cumprem as funções de uma moeda. A matéria é do Criptofácil.

No evento, Portugal destacou tecnologias disruptivas como blockchain, Internet das Coisas, cloud computing e big data para o setor bancário, capazes de combater fraudes e trazer transparência, com dados imutáveis e rastreáveis.

Ele ainda abordou a entrada das big techs e fintechs no setor financeiro, obrigando bancos a investir em inovação para se protegerem do rápido crescimento destes setores. E justificou:

“Mas os bancos reconhecem e respeitam a competição das fintechs e bigtechs e procuram aprender com as fintechs e procuram emular a agilidade, simplicidade, inovação das fintechs”

Quanto às criptomoedas, porém, o presidente da Febraban, que deve deixar o cargo na próxima semana, mostrou-se mais crítico. Ele disse que as fintechs atuam mais fortemente no setor cripto, mas acredita que os criptoativos não cumprem as funções básicas de moedas tradicionais, pois são meio de pagamento nem reserva de valor, justificando a posição por conta da alta volatilidade das criptos:

"Elas são realmente chamadas de moedas, mas não são moedas, e é por isso que é criptomoeda. Elas não cumprem nenhuma das funções clássicas da moeda, que é servir como uma unidade de conta, onde as pessoas podem expressar preços. Eles não servem como meio de pagamento ou como reserva de valor, porque a volatilidade é muito alta".

Como noticiou o Cointelegraph Brasil, nesta semana a Febraban cancelou o maior evento bancário do Brasil, o CIAB 2020, por conta da epidemia de Coronavírus.

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