As contas nas mídias sociais da empresa de investimentos em Bitcoin Atlas Quantum, que vive grave financeira desde agosto de 2019 quando recebeu ordem de suspensão da CVM, foram invadidas nesta quarta-feira, 22 de janeiro, de tarde. Logo depois, as contas passaram a postar uma série de textos difamatórios conta a empresa e seu dono, Rodrigo Marques.

Na publicação deste texto, no fim da tarde do dia 22 de janeiro, os posts já haviam sido apagados pelos gestores de mídias sociais da Atlas.

Entre o conteúdo publicado, o primeiro dizia que todo o dinheiro dos investidores havia sido "gasto em cadeiras Herman Miller, viagens de primeira classe com a secretária, bônus e salários endrondosos pros funcionários, carros esportivos e demais coisas inúteis", completando dizendo que a empresa não tem mais "nem 20 funcionários".

A Atlas recentemente deixou seu prédio em São Paulo e não se sabe onde a empresa está operando no momento. A maioria dos funcionários foi dispensado nos últimos três meses.

Outro post dizia que a empresa brasileira não possui Bitcoins bloqueados em exchanges, como anunciado mais de uma vez por Rodrigo Marques, e que os vídeos publicados pela Atlas explicando os bloqueios foram fraudados por ele. O post continua ainda com mais ataques pessoais a Marques.

Um dos posts publicados pelo Facebook oficial da Atlas Quantum. Fonte: Reprodução

Como o Cointelegraph Brasil noticiou à época, a Atlas Quantum publicou um vídeo "explicativo" em que mostrava supostamente suas contas bloqueadas em exchanges internacionais. Logo depois, porém, exchanges como HitBTC e Gate.io apresentaram supostas provas de manipulação no conteúdo. A Atlas nega.

A empresa é investigada pelo Ministério Público Federal por fraude e pirâmide financeira.

Na última segunda-feira, a Atlas suspendeu o funcionamento de sua plataforma por 72 horas e prometeu a implementação de uma nova plataforma de investimentos, o "Novo Quantum".