Desde a terça-feira, 8, a construtora e incorporadora Melnick passou a aceitar pagamentos em Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH). A inovação, fruto de uma parceria com a exchange Mercado Bitcoin, permite que os empreendimentos imobiliários da construtora sejam 100% quitados através das duas maiores criptomoedas do mercado.

A nova modalidade de pagamento surge da combinação de uma demanda pontual dos clientes da Melnick aliada ao potencial crescimento da adoção das criptomoedas em um futuro próximo vislumbrado pelo diretor financeiro da construtora, Fernando Marques, conforme declaração à reportagem do portal GZH:

"É um processo relacionado ao nosso DNA  de inovação, faz parte da nossa história de oferecer produtos únicos, que agregam serviços aos clientes. Tínhamos pedidos pontuais, mas quisemos fazer agora porque acreditamos no potencial. Queremos ser pioneiros. Essas moedas nasceram para ser universais, já começam a ser regulamentadas e são reconhecidas no mercado. São alternativas de investimento  conectadas ao público jovem, muito relacionado a nossos produtos."

O comunicado oficial de divulgação da parceria entre a construtora e o Mercado Bitcoin informa que os clientes que optarem pelo pagamento com criptomoedas serão convidados a participar de uma videoconferência com representantes da Melnick e da exchange para fechar o negócio. A compra será selada durante a reunião virtual a partir da conversão do valor do imóvel em reais para o total a ser pago com o criptoativo de preferência do cliente. Em seguida, através da transferência dos criptoativos da carteira digital do comprador para a carteira da construtora, a qual tem como custodiante o Mercado Bitcoin.

“O objetivo é cada vez mais expandir nossas parcerias e, com isso, as criptomoedas serem aceitas em qualquer tipo de compra dos nossos clientes”, afirmou Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin no comunicado divulgado à imprensa.

As duas primeiras vendas intermediadas por criptoativos foram concretizadas em São Paulo, pela Even, parceira comercial da incorporadora gaúcha. Conforme destacou o diretor de novos negócios da Mercado Bitcoin, Fabrício Tota, o mercado imobiliário tem sido pioneiro na adoção dos criptoativos como meio de pagamento e tokenização de bens. A explicação, segundo o executivo, é que os detentores de criptomoedas têm maior disposição para gastá-los em bens de alto valor agregado e em ocasiões pontuais. O uso de criptomoedas no cotidiano ainda é algo distante da realidade brasileira.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, o valor médio despendido em transações comerciais envolvendo criptomoedas no Brasil é de R$ 450,00.

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