Por determinação da Justiça, a Gensa Serviços Digitais, responsável por operar a GenBit, acusada de atuar como pirâmide financeira, terá seus bens parcialmente bloqueados após se tornar novamente ré em processo movido por um grupo de clientes que alegam quebra de contrato e a impossibilidade de sacarem seus investimentos.
Diz o processo:
“Foram-lhes impostas condições não pactuadas, com a informação de que o resgate somente seria possível por meio da troca das criptomoedas adquiridas por outra, denominada ‘TreepToken’ (TPK)”.
Responsável pelo caso, a juíza Julieta Maria Passeri de Souza deferiu, nesta sexta-feira (13), a tutela de urgência e o bloqueio parcial da conta da GenBit, uma vez que a falta de liquidez da criptomoeda TPK — que não está listada no Coin Market Cap ou qualquer exchange desvinculada do grupo — sugere “à primeira vista, perigo de dano, diante da possível prática de fraude pelas rés e provável perda de patrimônio das autoras”.
Processos acumulados
Proibida de atuar pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nos últimos meses a GenBit, que, segundo a autarquia, no passado operava como a Zero10, vem se envolvendo em polêmicas e processos judiciais por supostas acusações de esquema Ponzi em operações com Bitcoin.
Antes de ter suas atividades suspensas, a Zero10 garantia rendimentos seguros de 400% por meio de aplicações no mercado Forex, atividade que é proibida pela CVM.
Este é o segundo processo movido contra a exchange em menos de 20 dias, que já conta com aproximadamente 40 ações como ré e contabiliza bloqueios judiciais que, somados, excedem R$1 milhão.
Conforme noticiou o Cointelegraph, no final de novembro um outro cliente acionou a justiça contra a GenBit alegando atraso de três meses em seus saques.