A startup brasileira Fohat, pretende usar a tecnologia blockchain para evitar 'apagões' de energia no Chile. A empresa foi uma das oito startups selecionadas pela Acciona para um projeto inovador que une fornecimento de energia renovável e novas tecnologias, segundo informou recentemente o portal Blockchain Economia.
A reportagem destaca que a Fohat pretende usar um sistema de controle de micro-rede para satisfazer os contratos do chamado "Programa de resposta à demanda", que envolve a implantação de uma micro rede de fontes de energia distribuídas que podem operar independentemente da rede principal de energia.
No caso, se a rede principal estiver fortemente carregada, com flutuações, a operadora poderá desconectar uma ou mais fábricas, por exemplo, que começarão a operar independentemente com suas micro-redes até que a rede se estabilize novamente.
E, nesse caso, segundo a Fohat, blockchain será usada para assinar e gerenciar os contratos dos operadores. Espera-se que esteja em produção em seis meses.
Em 2019 a Acciona iniciou um projeto para implementar rastreabilidade da natureza renovável de sua geração de eletricidade em todo o mundo através da tecnologia blockchain, o que significa que seus clientes que precisam dela podem verificar, em tempo real e em qualquer local do mundo, que 100% dos a eletricidade fornecida está limpa.
Para o desenvolvimento nas fases iniciais do projeto, chamado Greenchain, a empresa firmou uma parceria com FlexiDAO.
Já no caso da Fohat, no Brasil a empresa está junto com a AES Tietê, na criação de uma espécie de 'marketplace' de energia renovável. O projeto total ficou em R$ 3,4 milhões que serão disponibilizados através do programa P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Hoje, a negociação de energia acontece no chamado Ambiente de Contratação Livre (ACL), sem a intermediação de uma contraparte central. Com o "Projeto AES Tietê de Energy Intelligence", o objetivo é universalizar o acesso ao mercado de energia, com o consumidor comprando energia diretamente de geradores ou vendedores no ACL.
Segundo a ANEEL, a previsão é que o mercado de energia brasileiro torne-se "totalmente livre" até 2028. O CEO da Fohat, Igor Ferreira, aposta que a plataforma trará mais segurança ao consumidor.
Como noticiou o Cointelegraph, quem também desenvolve um projeto parecido com o da Fohat/AES Tietê no Brasil é o CPQD e a Copel Distribuição que permitirá a criação de um sistema de compra e venda de energia no Brasil usando a tecnologia blockchain,
O objetivo é criar um novo ambiente virtual para a comercialização direta de energia elétrica entre consumidores e prosumidores (que produzem sua própria energia), no ambiente de geração distribuída (GD). O projeto é conduzido pela Copel Distribuição, concessionária de energia que atua principalmente no estado do Paraná, para o qual o CPQD está desenvolvendo uma solução baseada em Blockchain destinada a viabilizar a implantação de um marketplace descentralizado para transações desse tipo.
Iniciado em agosto deste ano, o projeto conta com recursos do programa de pesquisa e desenvolvimento regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e tem duração prevista de 21 meses.
Confira mais notícias
- Jihan Wu da Bitmain confidencia que o Bitcoin valerá US$ 100.000 em 5 anos
- 'Eu sou fã de regulamentação do governo': entrevista com Yobie Benjamim
- Governo dos EUA receberá Fórum Federal de Blockchain US Government to Host Federal Blockchain Forum
- Após censura, criadores de conteúdos controversos migram para as criptomoedas