Resumo da notícia:
Investidores brasileiros participam do pré-lançamento do token Monad (MON) na nova plataforma de pré-venda de tokens da Coinbase
A oferta pública do MON ocorre de 17 a 22 de novembro, com preço fixo de US$ 0,025.
A Monad é uma blockchain de camada 1 compatível com EVM que processa até 10.000 transações por segundo.
A Coinbase, maior exchange de criptoativos dos Estados Unidos, inaugurou nesta segunda-feira, 17 de novembro, sua plataforma de pré-venda de tokens com o lançamento do token Monad (MON). O evento marca a estreia institucional de um novo canal de ofertas públicas de criptoativos, com acesso direto para investidores brasileiros.
A plataforma foi desenvolvida para estabelecer um novo padrão de sustentabilidade e transparência na distribuição de tokens em pré-venda, ampliando o acesso dos investidores do varejo e reduzindo a concentração de ativos nas mãos de grandes entidades do mercado.
O novo modelo visa beneficiar tanto investidores quanto os projetos envolvidos, como destaca Fabio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase, em entrevista ao Cointelegraph Brasil:
“Os emissores de tokens que chegam ao mercado hoje em dia têm dificuldade em colocar seus tokens nas mãos de usuários reais e construir uma liquidez robusta nas exchanges. A Coinbase está mudando isso por meio do lançamento de uma plataforma completa de Pré-Reserva de Tokens, onde o nosso objetivo é estabelecer um novo padrão e criar uma maneira mais sustentável e transparente para os projetos distribuírem tokens e se descentralizarem.”
Com a abertura ao mercado brasileiro, a comunidade local pode participar em igualdade de condições com investidores de mais de 80 países, incluindo os Estados Unidos — algo que não ocorria desde 2018, durante a febre dos ICOs.
A pré-venda pública da Monad ocorre entre 17 e 22 de novembro, com preço fixo de US$ 0,025 por token e lances entre US$ 100 e US$ 100.000 por participante. Ao todo, serão distribuídos 7,5 bilhões de MON, equivalentes a 7,5% do suprimento total.
“Trazer essa novidade para o mercado brasileiro reforça, ainda mais, a importância do país na estratégia global da Coinbase", afirma Plein.
O MON terá um suprimento total de 100 bilhões de tokens, distribuídos da seguinte forma: 38,5% para desenvolvimento do ecossistema, 27% para a equipe da Monad, 19,7% para investidores institucionais, 7,5% para pré-venda pública, 4% para o tesouro e 3,3% destinados a um airdrop programado para a semana seguinte do lançamento da rede principal.
Segundo os desenvolvedores, cerca de 10,8% do suprimento será desbloqueado na ativação da rede. Alocações da equipe e de investidores seguirão cronogramas de desbloqueio anuais.
A Monad é uma blockchain de camada 1 compatível com a Ethereum Virtual Machine (EVM), que promete processar até 10.000 transações por segundo (TPS) e finalização em menos de um segundo.
O projeto levantou US$ 225 milhões em rodadas de financiamento junto a fundos de capital de risco como Paradigm, Electric Capital, Dragonfly e Coinbase Ventures. Com uma arquitetura de alto desempenho, a Monad se posiciona como uma alternativa à Solana (SOL), compatível com aplicações do ecossistema da Ethereum (ETH).
Modelo de distribuição busca limitar atividade de baleias
Ao contrário de ofertas no modelo “quem chega primeiro, leva”, a plataforma da Coinbase adota mecanismos para promover uma distribuição mais justa e ampla, buscando beneficiar o maior número possível de participantes e evitar a concentração do suprimento na mão de baleias.
A plataforma utiliza um algoritmo de atendimento “bottom-up”, que prioriza as ordens menores, resultando em uma alocação mais uniforme de tokens entre os participantes.
Em segundo lugar, as pré-reservas contam com um período de solicitação estendido (geralmente uma semana), permitindo que os clientes participem da pré-venda a qualquer momento.
Para penalizar aqueles que vendem seus tokens menos de 30 dias após a listagem, a Coinbase criou um sistema que limita a participação desses usuários em ofertas futuras. Ou seja, o engajamento real com o projeto e a comunidade garante prioridade de alocação em pré-vendas subsequentes.
Regras rígidas visam transparência e sustentabilidade de ICOs
A Coinbase também exige contrapartidas da equipe dos projetos para viabilizar a listagem na plataforma. Para se tornarem elegíveis, os desenvolvedores devem divulgar detalhes sobre o projeto, o tokenomics e a identidade pública dos principais membros da equipe.
Os emissores e apoiadores dos projetos participantes devem se submeter a um período de lock-up de seis meses, o que impede a venda de tokens em mercados secundários ou via OTC (mercado de balcão) logo após a oferta pública.
A exchange também não cobra taxas de listagem das empresas nem de participação dos clientes. A receita da Coinbase é derivada de uma porcentagem do valor pago ao emissor durante a pré-reserva.
“Para os investidores, essas regras significam igualdade de oportunidades e clareza nas informações. Para os emissores, credibilidade global, liquidez sustentável e distribuição segura”, afirma Plein.
Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Todo investimento e operação comercial envolve risco, e os leitores devem realizar suas próprias pesquisas antes de tomar qualquer decisão.