Resumo da notícia:
COAI aproveita novo hype da IA e dispara 1.425%.
Narrativas pessimistas envolvendo EUA não assustam, mas apetite por ETFs diminui.
Pressão vendedora de altcoins aumenta com a elevação da dominância do BTC e saída de capital líquido.
Na manhã desta quinta-feira (9), o mercado de criptomoedas recuava a um market cap de US$ 4,16 trilhões (-0,9%). O Bitcoin (BTC) era trocado de mãos por US$ 122,7 mil (-0,3%) com dominância a 58,7%, ligeira ganância dos investidores (58%) e a maioria das altcoins em queda, apesar da explosão de alguns tokens.
Um caso à parte era o ChainOpera (COAI), negociado por US$ 5,41 (+53,5%) com alta acumulada de 1.425% desde o lançamento do token, no final de setembro.
O COAI funciona como forma de pagamentos, serviços e prova de inteligência computacional, entre outras finalidades dentro da plataforma de inteligência artificial (IA) full-stack baseada em blockchain ChainOpera, que integra três recursos principais: aplicação de IA para usuários finais, plataforma de desenvolvedor para criação de agentes e uma camada de infraestrutura descentralizada para recursos de modelos e GPU, sob um protocolo unificado.
O desempenho do token desafiava a retração decorrente da pressão vendedora sobre a maioria das principais altcoins em capitalização de mercado. O que pode estar relacionado com o desempenho do S&P 500 e do Nasdaq, já que os índices historicamente associados ao desempenho do Bitcoin foram ajudados pela valorização dos papéis de grandes empresas de tecnologia associadas à IA e encerraram o pregão do dia anterior em respectivos 6.753,72 (+0,58%) e 23.043,38 pontos (+1,12%).
Por outro lado, os Estados Unidos completaram uma semana de shutdown (paralisação) com a interrupção de serviços governamentais comprometendo diversos setores da economia. Além disso, a Kristalina Georgieva, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou na última quarta-feira (8) que os dados econômicos apontam abrandamento da maior economia global, que precisa agir rápido para reduzir a dívida do governo. Já a divulgação da ata da reunião de 16 e 17 de setembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), colegiado de política monetária do Federal Reserve (Fed), apontou riscos de retorno da inflação nos EUA. O que pode impactar mercados como o de criptomoedas.
Apesar dos alertas de Georgieva e do Fomc, o VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, encontrava-se recuado a 16,48 pontos (-4,4%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin e em Ethereum (ETH) avançaram por respectivas entradas líquidas de US$ 440,73 milhões e US$ 69,05 milhões, segundo dados da SoSoValue.
O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava queda a US$ 219 bilhões (-2,7%) no Interesse Aberto e retração a US$ 308,3 bilhões (-22,7%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas beirava US$ 531,8 milhões (-22,1%), com desvantagem para os touros, já que a liquidação de posições compradas (longs) orbitava US$ 364 milhões ante US$ 168 milhões em posições vendidas (shorts).
A 41,63 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas se mantinha na região neutra, mas com aumento da pressão vendedora em relação ao dia anterior. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como COAI, PAXG, BNB, ZEN, USELESS, SOON, STO, OG, MOCA, TUT, FORM, PENGU, BAS, TRADOOR, VVV, KOMA, TAKE, TOSHI, COTI, BANK. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como XPL, WLFI, XRP, WIF, PENDLE, AVNT, DYDX, VET, OM, BARD, 2Z, DRIFT, EDEN, ORDER, BB, BABY, SPK, FET, ETHFI, MAV, NOM, TAC, LUMIA, ARIA.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, estava recuado a 44 pontos em sinal de perda de liquidez. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o DEXE derreia a US$ 11,03 (-13%), o XPL corrigia a US$ 0,75 (-13%), o MYX se retraía a US$ 4,99 (-12,5%) com queda acumulada semanal de 65,5%, o ASTER valia US$ 1,80 (-12,1%), o CAKE retornava a US$ 3,83 (-11,7%) com avanço de 44,3% em sete dias, o XMR alcançava US$ 336,36 (+3,4%) e o MNT se convertia em US$ 2,52 (+3,2%) com alta acumulada semanal de 29%.
Quanto às altas de dois dígitos, o ZEC era trocado por US$ 190,78 (+35,9%), o CHEEMS era comprado por US$ 0,0000016 (+28,5%) com elevação de 51,4% em uma semana, o HNT representava US$ 2,73 (+12,1%), o CCD era transacionado por US$ 0,02 (+21%, o ZEN pareava US$ 11,53 (+22,6%), o COTI estava quantificado em US$ 0,051 (+11,5%), o APEPE estaca cotado a US$ 0,0000018 (+18%) e o ARRR era negociado por US$ 0,34 (+16,2%).
Entre as novas listagens estavam GIGGLE na Binance Futuros, BLESS e BSU na Bitrue, P, EVAA, KGEN e PIPE na Phemex, SOMI e KTA na Indodax, PIPE, COAI e STBL na BitMart. LYN e COAI na Bitget Futuros.
No dia anterior, as criptomoedas recuaram com a exaustão dos touros do Bitcoin antes da ata do Fed, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.