Esta semana surgiram, nas redes sociais, boatos de que a China, uma dos maiores mercados do mundo para o Bitcoin estaria perto de estabelecer diretrizes para exchanges de criptomoedas, tornando legal o comércio de compra e venda destes ativos na segunda maior economia do mundo.

Uma suposta ‘licença’ para exchanges chegou a circular nas redes sociais, contudo, o Governo da China não confirmou nenhuma das informações.

 


Suposta licença para exchanges de criptmoedas que será emitida na China

Enquanto o governo chinês não confirma as alegações, contudo alguns movimentos mostraram que a principal nação da Ásia ‘mudou’ suas diretrizes com relação as criptomoedas

A China ‘proibiu’ o comércio de Bitcoin em 2017 e adotou políticas duras desde então ao ativos digitais, contudo, apesar da ‘linha dura’ do governo chinês, o mercado de BTC não parou na nação.

Pelo contrário o mercado seguiu ativo principalmente no WeChat e nas regiões de Sichuan e Alta Mongólia, considerados ‘paraísos’ para a mineração. Embora muitas empresas, após a decisão governamental, tenham deixado a China, como a Binance, Coinbene, Huobi e outras, a gigante das ASIC, Bitmain, permaneceu firme na nação.

Estes fatores, provavelmente, levaram o governo a repensar sua decisão e, a linha dura foi ‘amenizando’ no final de 2018 e em 2019, o mercado começou a mudar na China. Tribunais passaram a declarar que o Bitcoin não era proibido no país e que havia apenas restrições quanto a seu uso como moeda.

Na outra ponta, o Governo declarou que estava trabalhando em planos, já avançados, para adotar uma criptomoeda própria, em resposta ao Libra, do Facebook.

Além disso, universidades começaram a criar ‘rankings’ de blockchains, a fazer debates sobre criptomoedas e as ‘pressões’ do governo passaram a diminuir. Apesar das tentativas, o poder da China não conseguiu parar o Bitcoin.

“Comecei a comprar Bitcoin depois que a China proibiu a criptomoeda. Quando vi esta decisão, pensei que em 3 meses o BTC ia morrer, contudo, após 6 meses as pessoas ainda desafiavam o poder de monitoramento de Xi e a proibição ao invés de matar o BTC tinha feito ele subir. Então pensei, se a China não pode parar isso, ninguém pode”, disse ao Cointelegraph Pan, empresário chinês que investe em BTC.

Recentemente o presidente da nação, Xi Jinping, anunciou que a nação precisa acelerar a adoção de blockchain, a tecnologia do Bitcoin. A palavra de Jinping é lei na China e quase uma ‘ordem’ para as empresas.

Isso certamente vai acelerar a adoção da tecnologia no país ainda mais tendo em vista que a nação tem buscando liderar o mundo no desenvolvimento tecnológico e é a principal nação em adoção e expansão do 5G, que teria blockchain como sua espinha dorsal.

Avesso a comentários sobre o movimento dos preços, recentemente, Changpeng Zhao, CEO da Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo, declarou que em breve o preço do Bitcoin chegará a US$ 16 mil.

A previsão de CZ ocorreu poucos dias depois da empresa afirmar que estaria ‘voltando para a China’, abrindo um escritório em Pequim. Enquanto a China não declara oficialmente ‘legal’ o Bitcoin no país, o preço do Bitcoin enfrenta dificuldades para romper US$ 9.500

De acordo com o analista Rakesh Upadhyay, as médias móveis estão à beira de um cruzamento de alta e são colocadas logo abaixo da resistência anterior, que virou suporte de US$ 8.777,89.

“Se a principal criptomoeda rejeitar esse suporte, um novo teste das altas recentes de US$ 10.360,89 estará disponível. Uma quebra desse nível retomará o movimento ascendente, que pode chegar a US$ 13.973,50”, disse.

Como noticiou o Cointelegraph a exchange de criptomoedas Bitfinex movimentou 1,556 milhão de USDT (USDT) do protocolo Omni para a sidechain Liquid Bitcoin

Confira mais notícias