A Cervejaria artesanal brasileira, Ekäut, em parceria com a fabricante de sorvetes Frisabor, lançaram no mercado nacional o primeiro picolé de cerveja, segundo publicação da Folha de São Paulo. Investindo em inovações e novas tecnologias a cervejaria também está de olho nas possibilidades de blockchain e Internet das Coisas.
No caso do sorvete, como noticiou a Folha, o palito será fabricado com a cerveja do tipo IPA, o picolé terá teor alcoólico de 3,25%, “Fizemos a opção de usar um produto mais marcante. É realmente uma cerveja no palito. O leite poderia mascarar o gosto”, destacou o diretor-executivo da Ekäut, Diogo Chiaradia, explicando que o picolé de cerveja não leva leite: a base é água.
O picolé, que será vendido ao preço de R$ 7, tem 60 ml. O diretor-geral da Frisabor, Gustavo Neves, diz que o picolé não tem aroma e nem conservante. “O que fizemos foi pegar a cerveja Ekäut e colocar no palito.”
Créditos da imagem: Folha de São Paulo
Já no caso de Internet da Coisas a cervejaria anunciou, no ano passado, uma parceria com o Instituto SENAI para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs) para implementar uma serie de novas tecnologia para modernizar a produção e rastreabilidade dos produtos da empresa, inclusive com projetos para utilização de blockchain para rastrear a cadeia de produção e a forma como o produto é produzido.
Como parte da parceria foi criado uma "Chopeira 4.0", uma máquina robotizada que funciona controlada via internet, por meio do celular ou cartão do cliente. A máquina pode funcionar como uma vending machine de chopp ou até mesmo integrar uma ação promocional da marca.
De acordo com João Tragtenberg, pesquisador Industrial do ISI-TICs à frente do projeto, “a Chopeira 4.0 nasceu focada na IoT, Internet of Things (Internet das Coisas), tendência ligada ao panorama atual das indústrias. Já Diogo Chiaradia, sócio da Cervejaria, reforça que a aplicação de IoT ajuda a empresa a otimizar recursos.
"A aplicação de inovação e tecnologia em toda cadeia produtiva da Ekäut vai trazer para a cervejaria otimização dos recursos, minimização dos riscos, favorecendo seu desempenho, produtividade e por consequência a qualidade do produto que entregamos aos nossos clientes”, disse.
Recentemente uma cervejaria artesanal da Califórnia, Estados Unidos, anunciou que está usando a tecnologia blockchain em sua cadeia de suprimentos para aumentar a eficiência e garantir a qualidade de seus produtos. A Alpha Acid Brewing Co aplicou a blockchain a sua cadeia de suprimentos, podendo a partir dela garantir não apenas visibilidade e transparência em seus produtos, mas também a autenticidade.
Como noticiou o Cointelegraph, o uso de aplicações baseadas em IoT vem crescendo no Brasil, recentemente o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Qualcomm Ventures, braço de investimentos da projetista de chips Qualcomm, anunciaram o lançamento de fundo de investimento de R$ 160 milhões focado em desenvolvimento da tecnologia de internet das coisas.
Neste cenário, blockchain tem sido apontada por especialistas como 'espinha dorsal' para aplicações em IoT na medida em que ela cria um layer seguro para que os dados e transações possam ser executadas. Pensando nesse 'futuro' de dispositivos compartilhando dados entre si projetos como a IOTA foram desenvolvidos.
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