O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Qualcomm Ventures, braço de investimentos da projetista de chips Qualcomm, anunciaram o lançamento de fundo de investimento de R$ 160 milhões focado em desenvolvimento da tecnologia de internet das coisas, IoT.

Porém o BNDES e a empresa fabricante de chips investiram 'apenas' metade deste valor, cerca de R$ 80 milhões (R$ 40 milhões cada). O restante do valor anunciado será disponibilizado, segundo o anúncio, por meio de outras empresas que serão convidadas a integrar o fundo.

"A política de investimentos do fundo deve contemplar empresas com aplicações de hardware, software e análise de dados, voltadas para áreas estratégicas como manufatura avançada, cidades inteligentes, saúde, agronegócio e aplicações residenciais", afirmou o BNDES.

Esse é o segundo fundo do BNDES focado em IoT. Em 2018 o banco anunciou uma iniciativa com aporte de R$ 20 milhões em financiamento a fundo perdido. No caso do projeto lançado em 2019, o valor mínimo a ser liberado pelo BNDES é R$ 1 milhão, limitado a 50% de cada projeto. A outra metade deve ser contrapartida de quem levar o dinheiro.

“A criação deste fundo está em linha com a visão estratégica da Qualcomm de impulsionar o ecossistema de Internet das Coisas no Brasil. Queremos nos engajar com empresas líderes em diferentes verticais, de maneira a explorar o potencial do país como produtor de tecnologia”, explica Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para a América Latina. 

Blockchain tem sido apontada por especialistas como 'espinha dorsal' para aplicações em IoT na medida em que ela cria um layer seguro para que os dados e transações possam ser executadas. Pensando nesse 'futuro' de dispositivos compartilhando dados entre si projetos como a  IOTA foram desenvolvidos.

Como noticiou o Cointelegraph, em novembro o BNDES aprovou o primeiro financiamento para um projeto voltado para o desenvolvimentos de soluções baseadas em Internet das Coisas.

O projeto prevê aplicações voltadas para segurança e iluminação pública na cidade de Campinas, interior de São Paulo. O investimento total no projeto será de R$ 9,89 milhões, (dos quais R$ 2,98 milhões aportados pelo BNDES em recursos não-reembolsáveis).

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