O Bitcoin (BTC) confirmou no domingo, 7 de julho, seu pior fechamento semanal desde o colapso da FTX em novembro de 2022, cotado a US$ 55.845. A queda de 10,9% em sete dias derrubou o preço do BTC a mínimas de US$ 53.560, quebrando o longo canal de consolidação de mais de 120 dias em favor dos ursos.
Com isso, o sentimento do mercado deteriorou-se como há muito não acontecia e o Índice de Medo e Ganância das Criptomoedas entrou em território de medo pela primeira vez desde setembro de 2023, quando o Bitcoin era negociado abaixo de US$ 30.000 e estava nos estágios iniciais de sua disparada rumo à máxima histórica de US$ 73.750, registrada em março.
Índice de Medo e Ganância das Criptomoedas. Fonte: Alternative.Me
A queda do preço do Bitcoin na semana passada fora antecipada pelos analistas da Crypto Investidor, quando Diego Consimo alertou que, caso o BTC falhasse sucessivamente em romper a resistência em torno de US$ 65.000, uma queda abaixo de US$ 58.000 seria o caminho mais provável.
Agora, destaca o analista Diego Pohl, o suporte quebrado apresenta-se como uma forte resistência, a qual o Bitcoin precisa necessariamente superar para evitar quedas ainda maiores no curto prazo:
"O Bitcoin inicia a semana testando uma região importante próxima dos US$ 57.000. Região esta, que se tornou resistência após a queda do preço na semana passada, confirmando assim, o movimento de correção ABC previsto anteriormente."
Neste momento, a batalha entre touros e ursos se dá em uma faixa estreita, que tem os US$ 53.300 como suporte. Se os ursos conseguirem derrubar o preço do Bitcoin abaixo desse nível, a queda "pode se estender até a região dos US$ 48.000 a US$ 43.000", afirmou o analista da Crypto Investidor.
Segundo Pohl, a vela diária do fechamento da última sexta-feira, 5 de julho, oferece uma perspectiva otimista para os touros, desencadeando um "movimento de divergência bullish entre o preço do Bitcoin e o RSI (Índice de Força Relativa)", destacado com setas azuis no gráfico abaixo.
Gráfico diário BTC/USDT (Binance). Fonte: Crypto Investidor
A divergência no gráfico diário sugere que há chances de manutenção do suporte atual de US$ 53.300, favorecendo um reteste da atual zona de resistência em torno de US$ 57.000 e US$ 58.500.
Uma eventual confirmação do rompimento da atual resistência poderia levar o Bitcoin a recuperar os suportes em US$ 65.000 e US$ 72.000 no médio prazo, afirma Pohl. "A partir desses rompimentos, retomar a tendência de alta e buscar os próximos alvos na região de US$ 100.000 a US$ 150.000 seria o caminho natural para o preço do Bitcoin", conclui o analista.
O Bitcoin abriu a nova semana em alta durante a madrugada, chegando a ultrapassar os US$ 58.000 nas primeiras horas do pregão em Wall Street. No entanto, vem perdendo força desde então. No início da tarde desta segunda-feira, 8 de julho, estava negociado em torno de US$ 56.000, de acordo com dados da CoinGecko.
Apesar da queda recente e da indecisão do mercado na abertura semanal, analistas destacaram um conjunto de fatores que podem fazer com que o Bitcoin reaja no médio prazo, conforme a previsão do analista da Crypto Investidor.
A divergência de alta no gráfico diário, as perspectivas de corte da taxa de juros dos EUA em setembro e o aumento da liquidez global são alguns catalisadores que podem contribuir para a retomada do mercado de alta do Bitcoin e das criptomoedas, conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil recentemente.