A Câmara dos Deputados do Brasil confirmou 192 assinaturas do pedido do grupo liderado pelo deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) formada para investigar a proliferação de pirâmides financeiras no país, especialmente ligadas ao investimento em criptomoedas como o Bitcoin.

A casa determinou que o pedido para abertura da CPI possui assinaturas confirmadas em número suficiente para avançar e a comissão ser instaurada. Além das 192 assinaturas confirmadas, 31 não conferiam com a original e 32 estavam repetidas no documento apresentado à presidência da Câmara.

Segundo o requerimento, a CPI deve investigar "indícios de operações fraudulentas sofisticadas na gestão de diversas empresas de serviços financeiros que prometem gerar patrimônio por meio de gestão de criptomoedas, com divulgação de informações falsas sobre projetos ou serviços e promessa de rentabilidade anormalmente alta ou garantida e inexistência de taxas, mas contituindo-se em sistema de remuneração alimentado pela entrada de novos participantes".

O Brasil sofreu com a proliferação de empresas que oferecem investimentos em criptomoedas prometendo ganhos irreais e apostam no desconhecimento de investidores inexperientes quanto à volatilidade do mercado. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Ministério Público já investigam uma série de empresas com este perfil.

Os casos mais conhecidos, que já prejudicaram milhares de investidores e movimentaram bilhões de reais, são da Unick Forex, do Grupo Bitcoin Banco e da Atlas Quantum. Espera-se que a atuação das três empresas também seja investigada pela CPI.