O banco central russo mais uma vez reiterou sua posição negativa em relação ao Bitcoin (BTC), com um dos principais executivos do banco comparando a criptomoeda com um esquema de pirâmide.

Sergey Shvetsov, o primeiro vice-governador do Banco da Rússia, expressou as preocupações da autoridade sobre o investimento em criptomoedas em uma entrevista na quarta-feira (11), alertando sobre o risco percebido de perdas pelos investidores.

Shvetsov disse que os investidores locais têm despejado cada vez mais seu dinheiro em instrumentos financeiros alternativos que ele chamou de “pirâmides financeiras tecnológicas”, afirmando que o Bitcoin é apenas um desses esquemas de pirâmide. Ele disse que muitos investidores de varejo esperam grandes retornos do investimento em criptomoedas, vendendo seus ativos imobiliários ou tomando empréstimos para investir em Bitcoin, apesar do “enorme” risco de perder todo o seu dinheiro.

Ao comprar Bitcoin, uma pessoa entra em um campo minado e não há ninguém em quem confiar além dela mesma, e ninguém pode protegê-la”, argumentou Shvetsov. O executivo enfatizou que o governo russo não tem responsabilidade por perdas de investidores em criptomoedas:

“Não há necessidade de caminhar onde você não está protegido pela Federação Russa, onde seu dinheiro seria simplesmente levado embora, e você não poderá fazer nada a respeito”.

Shvetsov já havia feito comentários semelhantes sobre a indústria de criptomoedas, afirmando no ano passado que o Banco da Rússia não reconhecia as compras de criptomoedas como um investimento e apelando ao governo e aos intermediários financeiros para desencorajar os russos a comprar criptomoedas. Conforme relatado anteriormente, o Banco da Rússia também tem impedido que os bancos locais ofereçam serviços de cripto.

O investimento em criptomoedas tem se tornado cada vez mais popular na Rússia. De acordo com um relatório do World Gold Council, a criptomoeda foi a quinta ferramenta de investimento mais popular na Rússia depois de contas de poupança, moedas estrangeiras, imóveis e seguro de vida no ano passado, e foi classificada como um pouco mais popular do que o investimento em ouro.

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