A Fundação de Oncologia Alivia, uma instituição sem fins lucrativos sediada em Varsóvia, na Polônia, decidiu combinar ciência, arte, medicina e tecnologia em um esforço para salvar vidas, na luta contra o câncer. Trata-se do projeto “Buy My Cancer” (Compre Meu Câncer), que é uma coleção de tokens não fungíveis (NFTs) criados por artistas a partir de imagens reais de células cancerígenas dos pacientes, criptoativos que são vendidos no VAST, considerado o primeiro marketplace de NFTs multimídia do mundo, e no OpenSea, a fim de captar fundos para o tratamento contra a doença. 

Os três NFTs da primeira edição, segundo o que informou a página oficial do projeto, foram criados a partir de uma parceria com o Instituto Nacional de Pesquisa de Oncologia Maria Skłodowska-Curie, que é a principal instituição de pesquisa do governo polonês dedicada exclusivamente à oncologia. A iniciatica contou ainda com a participação da agência publicitária Ogilvy e do artista de Varsóvia Paweł SWANSKI.

A primeira coleção se concentrou em cânceres de sangue raros que usam a terapia de células CAR-T, que é um ramo de imunoterapia considerado de ponta, eficaz, dinâmico, porém de alto custo. Isso porque o método usa as células imunológicas dos pacientes (linfócitos) de pois de serem submetidas à engenharia genética, a fim de serem reprogramadas para reconhecer e combater as células cancerígenas. Estratégia que se mostrou eficaz em 40% dos pacientes, mas que custa em média US$ 400 mil por tratamento.

Famoso na Europa por ser um artista cuja criatividade não conhece limites, SWANSKI decidiu usar seu talento de designer e artesão contemporâneo para “emaranhar e sufocar as células vivas do câncer” por meio de uma justaposição das células do primeiro paciente selecionado, um estudante da AGH University of Science and Technology, em Cracóvia, que sofre de uma forma resistente de linfoma agressivo. 

“O câncer é um inimigo difícil de derrotar, mas devemos tentar”, disse.  

SWANSKI foi o primeiro artista a participar do projeto. Imagem: Divulgação

O projeto também envolveu o professor Jacek Jassem, Mde PhD, chefe do departamento de Oncologia e Radioterapia da Universidade de Medicina de Gdank, Polônia, e o professor Sebastian Giebel, MD e PhD, chefe do departamento de Transplante de Medula Óssea e Onco-Hematologia do Instituto Nacional DE Oncologia de Gliwice, Polônia. 

Segundo informações da ONG (Organização Não Governamental), outros professores selecionarão novos pacientes para terem suas células fotografadas, com ajuda de microscópio, e um novo artista usará as imagens para novas obras de arte e uma nova coleção de NFT, a fim de arrecadar fundos para o tratamento dos novos pacientes. 

De olho na popularização do NFTs, a Samsung anunciou a implantação de um aplicativo em suas Smart TVs que vai possibilitar aos usuários brasileiros adquirirem esses tipos de criptoativos, da rede Polygon, sem sair do sofá, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil

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