O mercado de criptomoedas respondia por um market cap de US$ 3,17 trilhões (+0,5%) na manhã desta quarta-feira (19), ocasião em que o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 96,3 mil (+0,6%) com dominância de mercado a 60,2%, sentimento de medo (37%) dos investidores e as principais altcoins em terreno misto, apesar da explosão de alguns tokens, caso da memecoin BROCCOLI.

Os dados reportados pelas plataformas de monitoramento on-chain replicavam os efeitos do esvaziamento da agenda macroeconômica da semana, que se concentra na divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), colegiado de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos.

No mercado acionário, o S&P 500 e o Nasdaq avançaram respectivamente a 6.129,58 (+0,24%) e 20.041,26 pontos (+0,072%) após o feriado de segunda-feira (17), comemorativo ao Dia do Presidente nos EUA. O índices mantiveram a correlação histórica com o desempenho do Bitcoin, enquanto o Volatility Index (VIX), conhecido por índice do medo, permanecia recuado a 15,25 pontos (-0,78%).

Apesar do cenário de baixo risco, os investidores ligados às criptomoedas davam sinais de cautela. O que podia ser percebido pela alta do índice de força do dólar americano, a 107,16 pontos (+0,10%), recuo a US$ 117,6 bilhões (-0,3%) no interesse aberto de Bitcoin e US$ 276,3 milhões (+2,1%) em liquidações de traders alavancados de criptomoedas, dos quais US$ 190,2 milhões representavam posições compradas (long) ante US$ 85,1 milhões em posições vendidas (short), segundo dados da Coinglass.

Os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin também espelhavam a desconfiança dos investidores ao recuarem  líquidos US$ 60,63 milhões, apesar do avanço dos ETFs baseados em Ethereum (ETH), em líquidos US$ 4,6 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue. 

Por outro lado, a elevação a 41 pontos do índice altseason, que afere a força média dos 100 principais tokens em capitalização de mercado em 90 dias, mostrava que parte dos investidores de criptomoedas compravam a queda de tokens nos últimos dias. Nesse grupo, o VIRTUAL recuava a US$ 1 (-9,1%), o FTT era comprado por US$ 2 (-5,4%), o LDO estava retraído a US$ 1,77 (-5,2%), o TAO avançava a US$ 396 (+8,4%), o MKR era trocado de mãos por US$ 1.194,37 (+6,2%), o FLOKI chegava a US$ 0,0000099 (+6%) e o ETC pareava US$ 20,94 (+3,6%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o BERA alcançava US$ 6,71 (+16,9%), o APT orbitava US$ 6,36 (+13,6%), o S se equiparava a US$ 0,66 (+12,2%), o LTC se comparava a US$ 137,66 (+10,7%), o IP equivalia a US$ 2,45 (+20,1%), o DEEP era trocado por US$ 0,14 (+14,5%), o DOG respondia por US$ 0,0032 (+14,2%), o ANON estava cotado a US$ 7,49 (+64,2%), o ACS valia US$ 0,0025 (+28,4%) e o AUCTION era negociado por US$ 11,97 (+17,8%).

Chamava a atenção o desempenho da memecoin BROCCOLI, que orbitava US$ 0,071 (+322%) com acumulado de 1.800% em sete dias e US$ 68,1 milhões em capitalização de mercado (462ª colocação).

Gráfico de 7 dias do par BROCCOLI/USD. Fonte: CoinMarketCap

O token era o mais bem capitalizado entre várias memecoins com ticker BROCCOLI criadas nos últimos dias. No X, os desenvolvedores do “BROCCOLI mais desabrochado” comemoravam 10.000 carteiras de holders da memecoin.

Os BROCCOLI “brotaram” depois que o fundador da Binance, Changpeng Zhao, o CZ, revelou o nome do cão dele, Broccoli. A história, que foi compartilhada em um longo relato no X, começou há um ano e meio, quando, segundo CZ, sua campainha tocou e “um pastor belga Malinois apareceu com seu próprio passaporte, cortesia do amigo do zoológico” de Dubai. 

Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam NIC na Biconomy, PI e BROCCOLI3 na LBank, GNO na Bithumb, HULEZHI na CoinEx, OM na Kraken, KEL na BitMart, LF na Huobi, DEER na AscendEX, OCTO na Poloniex e PI na Bitget Futuros.

No dia anterior, as criptomoedas buscavam catalisadores de alta com o Bitcoin de olho na negociação entre EUA e Rússia, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.