As baleias do Ethereum estão de olho nas criptomoedas desenvolvidas por brasileiros. Recentemente, dados do WhaleStats mostraram que as 100 maiores baleias do Ethereum estavam comprando massivamente o token MCO2 da MOSS. Agora, nesta segunda, 10, foi a vez da também brasileira Wibix atrair a atenção dos milionários do ETH.

Segundo dados do WhaleStats, as 100 maiores baleias do Ethereum estão comprando massivamente o WBX, da Wibix, que está entre os 3 tokens "Small Caps" (com baixa capitalização de mercado) mais comprado pelas baleias.

Além do WBX as baleias, entre os small Cap Tokens, também está o SPDR e uma versão de encapsulada do Ethereum, o vETH.

Interessante notar que as baleias do Ethereum, aparentemente, não estão comprando o Wibix para fazer esquemas de pump e dump, pois o token também estão entre as criptomoedas de baixa capitalização que as baleias mais fazem hold.

As baleias estão acumulando mais de US$ 85 mil em tokens WBX, sendo a criptomoeda brasileira a terceira maior em numero de hold pelas baleias, segundo dados do WhaleStats.

Outra criptomoeda brasileira na lista do hold das baleias é o MCO2, da MOSS.

Já entre os tokens de média e grande capitalização, os dados do WhaleStats mostram que as baleias do Ethereum estão comprando  (tirando ETH e stablecoins) o WBTC, Poly, Looks, FXS e SKL. Com o Poly iderando as negociações entre as altcoins com as baleias comprando mais de US$ 7 mil em tokens do protocolo.

Baleias do BNB

Enquanto isso as 100 maiores baleias do BNB estão negociando ativamente Dogecoin, TT, SFund e LYO.

No entanto, quando o assunto é holding as baleias estão acumulando LYO, Matic, Palla e Dome.

Enquanto as baleias saem às compras e acumulam tokens, o amplo mercado de criptomoedas segue em seu movimento lateralizado, sem uma tendência definida, em linha com o que é esperado por analistas para o segundo semestre de 2022.

Isso é o que mostra o levantamento mensal realizado pela BitPreço, que compara o desempenho do Bitcoin e do Ethereum a partir da análise de negociações em sua plataforma, que reúne as 28 principais corretoras que atuam no mercado brasileiro, além do próprio marketplace.

Segundo aponta a exchange, em setembro, o preço médio do Bitcoin ficou em R$ 103.407,16, desvalorização de 10,32% em relação ao mês anterior e de 57,41% na comparação anual. Ao longo do mês, a cotação atingiu a mínima de R$ 94.589 e máxima de R$ 116.344.

Já o Ethereum registrou valor médio de R$ 7.683 em setembro, recuando 12,82% sobre agosto e 56,05% em um ano. O preço variou entre a mínima de R$ 6.357,74 e o pico de R$ 9.251,16, de acordo com dados registrados até às 13h de 30 de setembro.  

Comportamento do mercado

Segundo Israel Buzaym, head de comunicação da BitPreço, o Bitcoin apresentou alguns momentos repentinos de preço, mas nada muito expressivo. O principal fator que fez a criptomoeda se movimentar no mês foi a super-quarta, no dia 21 de setembro, quando Fed e no Banco Central brasileiro finalizaram as reuniões de política monetária.

“O mercado se movimentou às vésperas do comunicado do BC americano, tendo uma leve alta, seguindo com uma forte queda após o anúncio do novo aumento de 0,75 ponto percentual e logo em seguida se recuperando, voltando ao preço do início do dia. Esse movimento triplo na super-quarta atesta novamente a lateralização em que o BTC se encontra, na faixa entre US$ 18 mil e US$ 20 mil”, avalia. 

Buzaym cita ainda o novo aporte da MSTR (Microstrategy), do entusiasta Michael Saylor, que realizou a compra de US$ 6 mi, atingindo a marca de 130 mil Bitcoins em carteira, como outra notícia que impactou o mercado, mas não interferiu no preço no mês de setembro. 

“O investidor de criptomoedas deve estar atento ao movimento macroeconômico, principalmente em relação a altas de juros americanos. Por outro lado, enxergamos o momento atual como oportunidade de acumulação de satoshis (frações de Bitcoin) para o próximo movimento de alta. Mantendo nossa linha estratégica, a quem que já faz aportes nesse mercado, sugerimos que tenha cautela, sem exagerar na exposição, investindo apenas parte do capital disponível, por causa da grande volatilidade, mas que continue acumulando criptomoedas, principalmente Bitcoin, através de compras periódicas, pelo potencial de alta que enxergamos para os próximos anos”, orienta. 

Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb, também aponta que o mercado não deve apresentar uma recuperação relevante a curto prazo, além disso, o investidor precisa ter cautela na hora de realizar suas ações.

“Não temos indícios de que o mercado deva se recuperar tão cedo, para que isso ocorra ainda deve haver um grande percurso. Por conta disso, o investidor precisa estar atento a todos os cenários e analisar cuidadosamente cada ação que realizará. O gerenciamento de risco dos seus investimentos é extremamente importante e deve ser realizado sempre. Devemos entender, que em alguns momentos perdemos, mas em outros ganhamos”, pontua. 

Bitcoin deve subir

Já uma análise da Bybit sobre o Bitcoin mostra que o BTC busca um retorno para US$ 20 mil pois não há perspectiva de grandes anúncios no cenário macroeconômico e portanto, isso pode fortalecer os touros ao longo da semana.

"Os investidores podem esperar que o BTC suba para US$ 20.465, onde encontrará resistência de onde a linha de tendência decrescente conectando os máximos do balanço em 31 de maio coincide com o limite superior do canal paralelo ascendente".

Segundo a empresa, depois de superar o nivel de resistência os touros deve testar novamente US$ 22 mil que pode atuar como uma forte resistência ‘prendendo’ touros e ursos em uma negociação lateral entre US$ 20 mil e US$ 22 mil.

"O momento ainda continua sendo de negociação lateral e os traders não devem esperar grandes movimentos bruscos para além de US$ 25 mil ou abaixo de US$ 18 mil. Esta área vem se mostrando consolidada há mais de 3 meses e, sem grandes novidades no cenário macroeconômico global, é difícil prever uma ruptura dos níveis de resistência e suporte que vem atuando ao longo do segundo semestre", finaliza.

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Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão.