A startup brasileira Kanna, que une a tecnologia blockchain e o mercado do cânhamo, anunciou nesta quinta-feira (15) uma parceria a TruBit para listagem do Kanna Coin (KNN), utility token da Kanna, na plataforma de negociações à vista (spot) da exchange global de criptomoedas, presente em 18 países.

O cânhamo é uma planta da família da cannabis que contém no máximo 0,3% de tetrahidrocanabinol (THC), princípio ativo que causa efeitos psicoativos, comparado aos até 30% de THC encontrados na maconha, considerada por especialistas como a planta do futuro.

De acordo com a empresa, a Kanna permite a validação da produção de cannabis para demonstrar que a produção é legal e regulada, e que produtores não tem envolvimento algum com o tráfico de drogas. O que é feito através da Web3 para que a própria comunidade faça a auditoria das plantações de cannabis.

A entrada do KNN no mercado internacional está relacionado com um dos principais objetivos da empresa, no caso a desmistificação da cannabis e vencer a desconfiança dos consumidores e organizações com ajuda dos registros da cadeia produtiva em blockchain. Com a expansão, a Kanna estima aumentar o nível de conscientização e regulação de projetos de cannabis e continuar construindo uma comunidade descentralizada, em que pessoas de todo o mundo possam participar e ajudar a impulsionar práticas sustentáveis de cultivo.

Para o CEO da Kanna, Luis Quintanilha, o mercado da cannabis vive um momento em que precisa gerar mais confiança e transparência, principalmente para favorecer aqueles que fazem uso medicinal. 

“Precisamos evidenciar os benefícios da cannabis para a sustentabilidade, regeneração de solos e qualidade de vida. Um mercado regulado pautado em boas práticas e na desconstrução da imagem da cannabis pode gerar muitos benefícios para as pessoas e o mundo, tais como: medicamentos de qualidade, benefícios ambientais, diminuição do crime, desestigmatização, empregos, entre muitos outros, afirmou.

Quintanilha também está de olho em um mercado que deve chegar a US$ 105 bilhões até 2026, de acordo com estudo de 2021 da Prohibition Partners. No Brasil, a Kanna já permite que qualquer pessoa valide se os documentos apresentados pelos produtores de cannabis estão com todas as informações regularizadas. Segundo a empresa, todo o processo foi criado para garantir a governança em um ramo de negócios que ainda é bastante sensível na sociedade. 

O representante da Kanna acrescentou que as certidões que os produtores precisam apresentar servem, em primeiro lugar, para demonstrar que a produção é legal e regulada, e que o fazendeiro não tem envolvimento algum com o tráfico de drogas.

Há pouco menos de um ano, o Mercado Bitcoin também listou o primeiro token focado no cultivo sustentável de cânhamo do país, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.