Resumo da notícia:

  • Tune.Bank aposta em infraestrutura própria de blockchain para distribuir cerca de R$ 7 milhões para mais de 13 mil artistas até 2026.

  • Plataforma em blockchain permite que o próprio artista gerencie seus direitos e fluxo financeiro dentro de um ambiente descentralizado e seguro.

  • Fintech pretende ser uma ponte entre Web3 e os artistas.

O Tune.Bank anunciou esta semana que pretende distribuir cerca de R$ 7 milhões para artistas no Brasil até 2026.

De acordo com a fintech construída sobre infraestrutura proprietária de blockchain e focada em músicos, compositores, produtores e criadores culturais, a ideia é abarcar mais de 13 mil artistas no país. Uma proposta que, segundo o criptobanco, nasce para resolver um dos maiores gargalos da economia criativa: acesso a crédito justo, antecipação de royalties e liquidez imediata via tecnologia blockchain.

O Tune.Bank argumenta que, ao eliminar intermediários, a fintech criada pela TuneTraders — statup dedicada ao desenvolvimento de soluções para a indústria da música na Web3 — garante transações rápidas, seguras e de baixo custo, além de oferecer autonomia e transparência aos criadores.

Segundo o Tune.Bank, a plataforma opera sobre infraestrutura própria de blockchain, o que permite tokenizar recebíveis musicais e royalties, viabilizando um modelo de crédito totalmente lastreado em ativos reais do mercado criativo.

Diferente dos bancos digitais convencionais, o Tune.Bank argumenta que a fintech integra mecanismos de identidade e contratos inteligentes (smart contracts) para adiantamento automático de royalties e carteiras digitais multicamadas — permitindo que o próprio artista gerencie seus direitos e fluxo financeiro dentro de um ambiente descentralizado e seguro.

Segundo o Tune.Bank, a proposta é que o criptobanco seja um ponto de convergência financeira dessa economia criativa digital, democratizando o acesso a crédito e antecipação de receitas em escala global, sem intermediários. Entre os próximos passos, a TuneTraders trabalha na expansão da base de artistas tokenizados e no lançamento do painel de crédito descentralizado”

Nosso objetivo é criar infraestrutura financeira e tecnológica que respeite a especificidade do trabalho artístico, desde a previsibilidade de renda até as novas formas de monetização. A formação deste board reúne talento criativo, experiência em produto, e know-how financeiro e técnico para acelerar essa visão, explica o CEO da fintech, Vittório Brun.

Ele acrescenta que o futuro da economia criativa passa pela Web3 e ressalta que a proposta do Tune.Bank é ser uma ponte entre esse universo e os artistas.

Estamos construindo uma ponte real entre blockchain e economia criativa, levando liquidez descentralizada para quem sempre esteve à margem do sistema financeiro tradicional, completa.

Mais informações

  • Volume: O Tune.Bank quer tokenizar R$7 milhões até o final de 2026. O ecossistema TuneTraders já atuou em outras frentes com tokenização de royalties, com outras plataformas próprias, vide Tune.Play.

  • Blockchain utilizada: construída sobre a Polygon.

  • Diferenciais técnicos de segurança e governança: O backend do Tune.Bank é submetido a auditoria de código e smart contracts, dentro de um programa contínuo de verificação de segurança e compliance, com práticas alinhadas às exigências do ecossistema DeFi e ao monitoramento de fluxos on-chain.

  • Board e fundadores: o Tune.Bank conta com um board de peso: Vittório Brun (CEO), Carlos Gayotto (cofundador da TuneTraders e CPO), Rodrigo Caggiano (CTO), Fábio Ranalho (sócio e ex-CFO do Banco Neon), Felipe Vassão (músico, compositor e produtor musical detentor de inúmeros Garmmy Latino) e Mauricio Magaldi (cofundador da TuneTraders, especialista e referência em cripto, Web3).

Tokenização em expansão

Segundo a empresa, a iniciativa surge em um momento em que o crédito digital no Brasil já movimenta R$ 35,5 bilhões, segundo pesquisa PwC/ABCD, e modelos de tokenização e ativos digitais ganham escala global. No mesmo cenário, a Serasa Experian mostra que 4 em cada 10 PMEs (Pequenas e Médias Empresas) já recorrem à antecipação de recebíveis, tendência que o Tune.Bank traz para a economia criativa. Globalmente, o relatório Music in the Air (Goldman Sachs Research) projeta que a receita da música deve dobrar para US$ 200 bilhões até 2035, impulsionada por Web3, tokenização e finanças descentralizadas (DeFi) aplicados ao setor.

A fintech defende ainda que, no coração do modelo do Tune.Bank está a lógica descentralizada: em vez de depender da confiança em instituições financeiras tradicionais, as transações são validadas diretamente na blockchain, de forma imutável e transparente. Isso permite que artistas antecipem royalties e recebam liquidez de maneira direta, rápida e sem intermediários, reduzindo custos e ganhando autonomia sobre seus próprios fluxos financeiros.

Na avaliação de Mauricio Magaldi, “as blockchains têm se tornado cada vez mais importantes nos mercados financeiros tradicionais, simplificando o entendimento e adoção de soluções do mundo cripto através das stablecoins”.

A TuneTraders, pioneira no uso de blockchain para tokenização no mercado da música, agora evolui para a intersecção entre esses dois universos, endereçando os problemas mais essenciais na vida financeira dos artistas. Ativos musicais + stablecoins = MusiFi”, explica o cofundador da startup responsável pelo Tune.Bank.

Em março, a TuneTraders anunciou o lançamento de uma plataforma de tokenização de direitos autorais para atender cantores, músicos e compositores brasileiros, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.