A Justiça do Paraná determinou a apreensão de iPhones do Grupo Bitcoin Banco (GBB) em ação movida por um cliente que não consegue realizar o saque dos valores que possui nas exchanges do grupo. 

O pedido foi feito após o fracasso nas tentativas de encontrar, nas contas do GBB, os valores devidos ao cliente que entrou com a ação judicial

Diante da veiculação das notícias de que os clientes que estivessem com saques pendentes nas exchanges do grupo poderiam receber parte do pagamento com os celulares, como foi divulgado pelo Cointelegraph, o autor da ação solicitou a apreensão judicial dos aparelhos como forma de garantir o recebimento dos valores devidos.

Na ocasião do anúncio da venda dos equipamentos, o GBB afirmou possuir 1.000 aparelhos iPhone 8, que seriam colocados à venda na Get4Bit, plataforma de e-commerce e uma das empresas do grupo, com prioridade de aquisição para os clientes com saldos bloqueados na NegocieCoins.

A decisão de arresto dos aparelhos, da 19ª Vara Cível do Estado do Paraná, é justificada pela juíza Bruna Richa Cavalcanti, no fato de o Grupo Bitcoin Banco "já descumpriu ordem judicial no presente processo” e que "o risco ao resultado útil do processo mostra-se ainda mais presente neste momento."

Procurado para se manifestar sobre o assunto, o Grupo Bitcoin Banco informou apenas que, até o momento, "não houve nenhuma apreensão de iPhones" e que a decisão não afeta o plano de pagamento dos clientes do Grupo "de nenhuma forma, uma vez que não tem relação com o tema". 

Uma série de ações judiciais foram abertas contra o Grupo Bitcoin Banco, que já tem processos instalados em pelo menos 11 estados. Além disso, a companhia e seus proprietários já tiveram bens bloqueados em diversas outras decisões judiciais.

A grande maioria dos processos contra o grupo tem como causa o atraso que as plataformas da empresa têm apresentado para realizar saques dos usuários.